segunda-feira, 21 de julho de 2014

Yves Saint-Laurent



O que torna este filme verdadeiramente marcante é, quanto a mim, a notável interpretação do par principal, Guillaume Gallienne (como Pierre Bergé) e Pierre Niney, sobretudo este último, que consegue transmitir de maneira tocante a figura em simultâneo tímida e genial, frágil e atormentada, excessiva e criadora de Yves Saint-Laurent. E é isso, acima de tudo, que nos prende. Mas não deixa de ser, também, um belo filme sobre o mundo da moda.
Realizada por Jalil Lespert, a história inicia-se em 1957 quando, com apenas 21 anos, Yves Saint-Laurent é nomeado para dirigir a casa Christian Dior, salvando o negócio da ruína financeira; e acompanha depois duas décadas da sua vida (até 1976 - considerado por muitos, e até por ele mesmo, o auge da sua carreira), que incluem o encontro com Pierre Bergé e o modo como isso transforma a sua existência e a marca para sempre, quer na conturbada relação amorosa que se estabelece entre ambos, quer na parceria no mundo dos negócios, que leva à criação da marca com o seu nome, o que revoluciona o mundo da moda, aliando sofisticação e sentido prático, elegância e simplicidade.
Mais do que outra coisa qualquer, o filme conta uma simples história. E, embora faça uma interessante reconstrução de época, não acentua o carácter vanguardista e inovador que teve Yves Saint-Laurent em termos artísticos e até sociológicos, (é a ele que se deve a popularização do prêt-à-porter, por exemplo), mas preocupa-se antes com a sua dimensão humana. E aí perde-se um pouco...
Enfim, não será um grande filme - não é, decerto! - mas vale bem uma ida ao cinema.Eu gostei!...

2 comentários:

  1. Ah! sempre foste ver... e valeu a pena, como te disse. bjs

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    Respostas
    1. Sim, fui. Bom, vale a pena ver, de facto, embora não seja um filme daqueles marcantes, nem extraordinário.

      Beijinho

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