domingo, 1 de fevereiro de 2015

A magia dos afectos


Há um mistério qualquer que nos faz aproximar de algumas pessoas e de outras não, que faz os amigos recentes parecerem amigos de há muito, que transforma cada encontro num momento de festa, que apaga todos os silêncios e distâncias.
O que leva um grupo de pessoas que podem ter  diferentes idades e pertencer a diferentes áreas profissionais a reunir-se numa fria noite de inverno à volta de uma mesa e passar horas a conversar, estreitando os laços que as unem sem sequer se aperceberem, ou sem que isso tenha que ser dito é certamente esse lado inexplicável e incompreensível das amizades, que as torna mais bonitas e especiais, mistura de afecto, conforto, empatia e bem-estar, de cumplicidades crescentes e de sentimentos irredutíveis a palavras. São afinidades e gostos comuns, são muitas semelhanças, diferenças e emoções que nascem não se sabe onde nem como, com o bom humor e a alegria  de estar juntos e, simplesmente, gostar disso. 
É nessa magia e encantamento que se vai consolidando a amizade, que surge por uma casualidade qualquer mas mais parece destino,  e que cresce devagar e em subtileza, entre o que calamos e o  que nos vamos contando, entre  descobertas apenas intuídas e intimidades partilhadas, e nos enche a alma e o coração, porque é a naturalidade genuína de rirmos, conversarmos, pensarmos, emocionarmo-nos, comermos e bebermos, enternecermo-nos, olharmo-nos, abraçarmo-nos,  que torna  tão boa, tão bonita e feliz, e única, também, cada vez que estamos juntos. 
E é das melhores coisas da vida...

2 comentários:

  1. É mesmo, Isabel. Das melhores coisas que existem na vida, e que devemos, por isso, saber aproveitar e cultivar….
    Beijinhos :)

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    1. Isso, Teresa, aproveitar e cultivar, porque é como uma benção. Mais ou menos isso...

      (E nem sempre os carros ficam sem bateria... :P)

      Beijinho

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