Quem como eu vive em Lisboa tem este privilégio do rio e do mar aqui ao lado, a possibilidade de aproveitar o sol e deleitar-se a olhá-lo em demorado namoro e, com isso, serenar as inquietações da alma e reequilibrar a vida.
Claro que esta espécie de paraíso não é exclusiva de Lisboa, mas eu gosto de "puxar a brasa à minha sardinha", porque me seria difícil viver longe daqui e, certamente, jamais no interior, que eu sou muito mais do azul do que do verde (preferências clubísticas à parte, claro está).
Será talvez influência do meu signo, mas há nas águas calmas ou tumultuosas esse fascínio que é como um apelo, misto de atracção e temor em doses iguais, e que me faz muitas vezes precisar de me sentar calada e quieta na margem do rio ou na beira do mar, e deixar os olhos e o pensamento perder-se na sua aparente infinitude.
Preciso do sossego manso e cintilante das águas brilhando ao sol, em momentos em que o tempo parece suspender-se, como no amor, na música, ou em tudo o que nos emociona verdadeiramente. É uma preguiça boa, que me pacifica o espírito e me faz sentir em harmonia com o que me rodeia, que me deixa em paz e que me é, de vez em quando, fundamental.
Será talvez influência do meu signo, mas há nas águas calmas ou tumultuosas esse fascínio que é como um apelo, misto de atracção e temor em doses iguais, e que me faz muitas vezes precisar de me sentar calada e quieta na margem do rio ou na beira do mar, e deixar os olhos e o pensamento perder-se na sua aparente infinitude.
Preciso do sossego manso e cintilante das águas brilhando ao sol, em momentos em que o tempo parece suspender-se, como no amor, na música, ou em tudo o que nos emociona verdadeiramente. É uma preguiça boa, que me pacifica o espírito e me faz sentir em harmonia com o que me rodeia, que me deixa em paz e que me é, de vez em quando, fundamental.