terça-feira, 1 de novembro de 2016

Escondidos


Estas são as imagens do momento: o emotivo reencontro de Chenoa e David Bisbal, ontem, no Palau Sant Jordi de Barcelona, pouco depois da meia-noite, quinze anos depois.
Será provavelmente por termos acompanhado de perto o início, em 2001, ainda na Academía de Operacióm Triunfo 1, e o fim, três anos e tal depois, desta história de amor que é no fundo igual a tantas outras, e às nossas, também, que ela nos toca tanto.
A canção Escondidos ficará para sempre colada a este amor (e desamor), quase uma espécie de hino. Por isso, ontem, era o momento mais esperado e foi o mais alto e comovente de uma noite de sentimentos ao rubro e de emoções à flor da pele.
Agora, seguem-se as especulações do costume - que si le hizo David "la cobra" a Chenoa - que alimentarão sem dúvida as emissões e revistas do costume durante semanas, para além das redes sociais, como aconteceu no minuto imediato.
Para mim, o que destaco deste esperado reencontro é o que houve nele de mais bonito: cumplicidade, nostalgia, nervosismo, carinho e mais que tudo amor, seja ele passado, presente, futuro, ou tudo junto, que isso pouco nos deve importar.
E afinal, cada um de nós terá certamente um momento qualquer da sua vida, ou vários,  em que também sentiu o tempo parar e o mundo estreitar-se en un rincón, soltando o desejo na força de um súbito abraço apertado, agarrados ao corpo e ao coração um do outro enquanto o mundo lá fora continua a girar sem que nos demos conta, e relativamente ao qual poderia de igual modo trautear esta canção, que hoje não parou de soar na minha cabeça:

Escondidos, solos por amor
La oscura habitación
Tu cuerpo mio, el tiempo de un reloj
Escondidos, solos tú y yo
Atrapados sin poder salir 
Del interior, de tu interior
Mientras que hacemos el amor

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