quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Cidades com alma





Tenho, na minha vida, pessoas e lugares que me são essenciais, porque amo cada um de uma forma distinta dos demais, e porque encontro em todas(os) singularidades que as(os) tornam únicas(os) e me enriquecem, encantam, tornam mais feliz.
As cidades são um pouco como as pessoas: às vezes enamoram-nos ao primeiro olhar; e depois, aos poucos, vã-se-nos revelando, podendo o tempo confirmar o arrebatamento inicial, ou  mostrarem-se, afinal, decepcionantes. 
Pude, há dias, acrescentar à minha lista mais uma cidade maravilhosamente complexa, que não esconde as suas feridas e consegue, ainda assim, para lá das cicatrizes, ter qualquer coisa que nos toca e que é uma forma muito própria de existir, exuberante e discreta, próxima e distante, dinâmica e sossegada.
Volto de Berlim fascinada com o nosso primeiro encontro, de alma cheia, agradavelmente surpreendida e com vontade de um dia voltar, para confirmar este apego e deixar-me seduzir como eu gosto, assim, devagar...

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