sábado, 6 de janeiro de 2018

Reis Magos


Há na maneira como os espanhóis mantém a tradição de fazer coincidir a troca de presentes com o Dia de Reis uma magia e encantamento que se aproxima muito mais da essência destas festas.
Sem descartar o inevitável consumismo, a chegada dos Reis a todas as cidades e a "Cabalgata de Reyes", a que costumo assistir através da TVE, traz de volta a emoção de todos se sentirem por momentos crianças outra vez e acreditar num mundo melhor.
E é enternecedora a ideia daquela viagem solitária e demorada, em camelo, através do deserto, apenas guiados por uma estrela, que os iluminava e lhes indicava o caminho. E a ilusão dos meninos que acreditam, que escrevem cartas com os seus pedidos, que deixam leite e bolachas aos Reis, esperando pelos presentes do dia seguinte. É a dimensão mais poética da festa, que alimenta o nosso imaginário, eterniza ilusões e nos devolve a nossa infância.
São coisas destas, e a forma alegre como vivem e aproveitam a vida, que faz com que me identifique muito com os nossos vizinhos do lado e me sinta sempre muito bem no meio deles.

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