Uma vez mais um filme cuja tradução do título não tem nada a ver com o original: Le brio transforma-se assim em "O poder da palavra", na versão portuguesa. Com o racismo e a integração social como tema de fundo é, no entanto, sobre a arte da eloquência e o rigor da palavra que ele incide acima de tudo, numa comédia satírica com meia dúzia de inevitáveis clichés pelo meio. E, por isso, desta vez a escolha do título na nossa língua não é tão absurda como de costume.
São magníficas as interpretações de Daniel Auteuil e de Camélia Jordana, que eu não conhecia, que parece que começou por ser cantora pop, mas que está à altura do desafio, com diálogos vivos, tensos, e cheios de humor, que são o que há aqui de melhor.
De resto é um filme previsível, cujo desenlace se conhece desde os primeiros minutos, mas que ainda assim nos faz passar uma agradável hora e meia, da qual eu destacaria em particular a sequência inicial, com Brel e Gainsbourg, e o modo como Auteuil diz Baudelaire.
A ver por quem, como eu, gosta de cinema francês e/ou considera apaixonante a força das palavras.
De resto é um filme previsível, cujo desenlace se conhece desde os primeiros minutos, mas que ainda assim nos faz passar uma agradável hora e meia, da qual eu destacaria em particular a sequência inicial, com Brel e Gainsbourg, e o modo como Auteuil diz Baudelaire.
A ver por quem, como eu, gosta de cinema francês e/ou considera apaixonante a força das palavras.