quarta-feira, 4 de agosto de 2021

(Re)centrar-se

 
Há  acontecimentos da nossa vida que marcam para sempre, que nos fazem repensar(nos) , começar de novo, alterar focos e preocupações, objectivos ou anseios.
Os momentos de dor podem, pois, ser também de certo modo redentores, já que implicam rever todas as prioridades e sermos capazes  de seguir caminho,  com tudo o que aprendemos e nos fez amadurecer.
Enfim, para lá de todas as tristezas, mágoas ou pesares, há que continuar a acreditar que apesar dos dias e horas de solidão e desamparo, sai-se de um desgosto uma pessoa diferente, mas não necessariamente pior, que as as feridas e vulnerabilidades não são um sinal fraqueza, que as cicatrizes podem até tornar-nos mais fortes, e que são  os que amamos e também gostam de nós, onde quer que estejam e façamos o que fizermos, que estão sempre connosco a fazer do nosso caminho um tempo e espaço para ser feliz e acreditar que nada acontece por acaso e que tudo vale a pena: o bom e o mau, o alegre e o triste,  o fácil e o difícil que vai aparecendo ao longo do percurso e que temos que saber aceitar e agradecer como nos chega, porque a vida não é só risos, alegria e felicidade e porque é provavelmente nessa variação entre claro e escuro, dia e noite, sombra e luz, que ela se nos revela ainda mais bonita e valiosa.

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