E pronto! Chegou o mês de Agosto. Desde pequena que tenho um problema com este mês, que é aquele de que menos gosto e que, durante muito tempo, me pareceu um imenso e entediante Domingo. Divergindo relativamente à opinião da maioria das pessoas, Agosto nunca significou para mim praia, nem Verão, ou férias. Pelo contrário: sempre me sugeriu imagens deprimentes de gente demasiado desleixada, a transpirar, de praias apinhadas, de chungas de chinelos e camisola de alças, a ouvir música em altos berros, de moscas, de calor excessivo.
E, no entanto, por trabalhar na escola, nunca tive outra alternativa que não fosse a de ter férias neste mês tão insuportavelmente aborrecido. Ainda assim, achando que em Agosto o melhor sítio onde se pode estar é em casa, dedicava a ela grande parte desse tempo, aproveitando para a limpar e arrumar com rigor e minúcia, para a redecorar, virada mais para dentro de mim e desse mundo tão meu, fazendo balanços e projectos, preparando o novo ano, que começava no ínício de Setembro. E sonhava poder um dia ter as férias divididas por outras alturas do ano, menos óbvias, nos meses de que mais gosto, na Primavera e no Outono.
Finalmente, nos dois últimos anos, isso aconteceu. Faço férias quando quero. É maravilhoso! E enquanto o país inteiro, ou quase, fecha para férias e está "a banhos" no Algarve e em sítios afins, eu aproveito para trabalhar numa cidade semi-deserta e deixo-me encantar pela magnífica tranquilidade de Lisboa em Agosto.
E, no entanto, por trabalhar na escola, nunca tive outra alternativa que não fosse a de ter férias neste mês tão insuportavelmente aborrecido. Ainda assim, achando que em Agosto o melhor sítio onde se pode estar é em casa, dedicava a ela grande parte desse tempo, aproveitando para a limpar e arrumar com rigor e minúcia, para a redecorar, virada mais para dentro de mim e desse mundo tão meu, fazendo balanços e projectos, preparando o novo ano, que começava no ínício de Setembro. E sonhava poder um dia ter as férias divididas por outras alturas do ano, menos óbvias, nos meses de que mais gosto, na Primavera e no Outono.
Finalmente, nos dois últimos anos, isso aconteceu. Faço férias quando quero. É maravilhoso! E enquanto o país inteiro, ou quase, fecha para férias e está "a banhos" no Algarve e em sítios afins, eu aproveito para trabalhar numa cidade semi-deserta e deixo-me encantar pela magnífica tranquilidade de Lisboa em Agosto.
Parece outra cidade, mais preguiçosa e delicada, que vou descobrindo nos transportes quase vazios, nas ruas sem trânsito, no silêncio que deixa ouvir o canto das cigarras, no prazer de tomar café junto ao rio ao fim da tarde, de caminhar à-vontade pelas ruas, sem destino, de observar os mais escondidos recantos e os detalhes mais insignificantes, como aquela lindíssima árvore de flores cor de rosa, na Avenida da Igreja, em que só reparei hoje de manhã.
São 31 dias, inteirinhos, para viver ao máximo, aproveitando esta paz!
São 31 dias, inteirinhos, para viver ao máximo, aproveitando esta paz!
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