domingo, 26 de julho de 2015

Boas surpresas


Tinha ouvido falar vagamente no filme, de cujo realizador, Victor Levin, não sabia nada. Imaginei-o  uma comédia romântica com todos os ingredientes típicos do género, o que para a tranquilidade de um noite de Verão pode servir. E depois havia Lambert Wilson no elenco, que não deixa de ser um bálsamo para os olhos. Corri o risco. E surpreendi-me. Afinal, até Glenn Close participa.
É um filme agradável, romântico naturalmente, mas que  ainda assim foge ao estereótipo; que aborda, embora ao de leve, outras questões: o pragmatismo da vida quotidiana e as relações de conveniência, o modo como o que vivemos se reflecte sempre de algum modo no que escrevemos, a nostalgia que fica diante do que não se repete, e por aí fora; que conta uma história de amor, simples (tanto quanto o amor pode sê-lo) e o faz de uma maneira convincente, interessante e bem humorada, que nos enternece  e põe bem-dispostos. Não será um filme marcante, mas há nele um certo charme que nos permite passar duas horas de forma absolutamente descontraída. E isso também é bom...

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