Foi ainda agora, às vinte e três horas e trinta e quatro minutos do dia 20 que, segundo os entendidos, o Verão chegou este ano. Mas nem era preciso esta informação. Mesmo para os mais distraídos, o dia foi longo, como lhe competia - o mais longo do ano - e quente como se quisesse anunciar: "aqui estou eu!"
Este ano, segundo li no Observador, o solstício de Verão coincide com a lua cheia, uma raridade, que só acontece a cada 70 anos. Razões para festejar não faltam, pois...
Mas o Verão não é a minha estação preferida, apesar da despreocupação e liberdade que lhe estão associadas. É um tempo demasiado peganhento, de excessos e de desleixos vários, mas também de coisas boas, de lentidão e de fruta fresca, de preguiças e de sestas, de peles a saber a sol e a mar, de sentidos mais despertos e amores passageiros e inconsequentes. De luas enormes, de cigarras a cantar, de leveza e quietude.
No fundo, o Verão é quase como um grande parênteses até ao novo recomeço do mês de Setembro. E é esta diversidade cíclica, sempre igual e diferente ao mesmo tempo, que nos seduz.
(Fotografia do blogue À Esquina da Tecla)
Na minha balança as coisas boas do verão pesam ligeiramente mais do que as más. O facto de ser um tanto peganhento também não me agrada muito e o calor cansa-nos mais, sem dúvida. :)
ResponderEliminarEu sou claramente mais das estações intermédias, com a Primavera à cabeça, na sua explosão de cor e renascimento festivo, embora a beleza nostálgica do Outono também me toque de forma especial. :)
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