quarta-feira, 6 de julho de 2016

Histórias de Lisboa (I)


Avenida Guerra Junqueiro

Houve um tempo em que a Avenida de Roma e circundantes, ou os Bairros de Areeiro e Alvalade eram uma zona nobre da cidade, onde se destacava a Avenida Guerra Junqueiro como um lugar chic de compras, com as lojas e os cafés a transbordar, sempre cheia de movimento e de vida.
Hoje, é apenas uma sombra do que foi, um lugar deserto onde parece não se passar quase nada, e a agitação de outrora partiu definitivamente para outras paragens. Muitos cafés fecharam ou transformaram-se em bancos, e até a Mexicana, com a remodelação, perdeu o prestígio e a popularidade de épocas passadas. A maior parte das lojas de roupa deu lugar a lojas de decoração onde não entra ninguém e o silêncio em que mergulha agora a avenida pesa e incomoda. Só os edifícios mantêm a imponência de antes, mas é poucochinho em relação ao que já foi.
No fundo, tudo isto deverá fazer parte da dinâmica da cidade em permanente mutação: há zonas que envelhecem e quase morrem, enquanto outras renascem e crescem.

2 comentários:

  1. "há zonas que envelhecem e quase morrem, enquanto outras renascem e crescem" eis a realidade urbana, presente acredito eu não só em Lisboa, escrita numa única frase.
    Abraçz

    http://motivospelosquaisestoufelizhoje.blogspot.com.br

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    1. Será um pouco assim em todo lado, claro, mas falo de Lisboa que conheço bem e tanto me apaixona.

      Beijinhos, Núbia.

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