Boa parte do que temos, ou dos nossos caminhos, é fruto dos mais variados acasos, de mais sorte ou mais azar e, acima de tudo, das decisões que tomamos. Escolher é sempre um risco. Ir ou ficar? Perder para ganhar? Aventura e incerteza ou antes o conforto do que já se conhece? É às vezes uma loucura que depois se revela acertada, ou uma opção que parece correctíssima e se torna, com o tempo, um desastre.
Não me arrependo, em regra, das minhas escolhas. Porque mesmo as que não repetiria, faziam, naquela altura, todo o sentido. Porque procuro sempre o equilíbrio entre a razão e o coração, ainda que a minha natureza me leve a ouvir mais o lado do sentimento. E talvez, também, porque por muito que goste de mudar, o risco é sempre mais ou menos calculado, descontando a dose de imponderável que há em tudo o que fazemos e que é, afinal, o que torna a vida ainda mais emocionante.
Mas de tantas escolhas que fiz ao longo dos anos, nos mais diferentes domínios, uma das melhores decisões foi sem dúvida a que aconteceu há um ano, misto de arrojo, boas energias, e dádiva dos céus, que me trouxe de volta ao que é para mim berço e colo, e me tem feito sentir tão imensamente feliz e abençoada.
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