Em Lisboa, quem não foi aluno ou professor no Pedro Nunes tem pelo menos um parente próximo, ou um amigo chegado, que passou por lá e sempre recorda esses tempos com nostalgia, contando mil e uma histórias de uma época que já passou, mas deixou marca.
Porque esta é a mais tradicional e conceituada escola da capital, por onde passaram figuras que depois tiveram ou têm ainda relevo nas mais diversas áreas da sociedade portuguesa. E por isso é muito visitada. Por antigos alunos e não só. Por pessoas que se oferecem espontaneamente, ou são convidadas, para lançamentos de livros, para palestras, ou simplesmente para conversarem de si, do mundo, da vida. São muito interessantes estas visitas, uma janela aberta sobre a realidade e a prova que a escola não está fechada sobre si, mas em permanente diálogo com o que existe para além dela, o que parece muito óbvio mas não acontece na maior parte das outras.
Foi assim que na semana passada tivemos connosco o Presidente da República; e que no dia 21 teremos o Padre Tolentino de Mendonça, entre muitos outros nomes que vão passando pelo Liceu em cada ano.
Mas a visita de amanhã é, para mim, um pouco mais especial, misturando nervosismo e emoção: é um antigo aluno do Liceu que a meu convite regressa à sua antiga "casa" para recordar esses "velhos tempos" e falar da sua vida. Mas é também um amigo de há anos, uma pessoa de quem gosto muito, e cuja voz me tem, a vida toda, embalado os sonhos, apaziguado os desgostos, e tornado mais bonitos os meus dias.Tenho a certeza que vai ser bom...
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