segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Um dia de chuva em Nova Iorque


Nunca perco um filme de Woody Allen, um dos meus realizadores preferidos, polémicas à parte, que nesta como noutras questões não há que confundir a obra com a vida do autor. Goste-se  mais ou menos da sua filmografia, parece-me um autor fundamental para quem gosta de cinema. Mesmo se, como acontece até com os maiores, tem uma obra desigual. É por isso natural gostar-se de uns filmes mais do que de outros, embora considere que, ainda assim, vale sempre a pena vê-los.
Os filmes de Woody Allen são sempre divertidas e inteligentes histórias, muito bem contadas, que têm, em geral, o jazz como pano de fundo, belas imagens e uma mistura bem doseada de humor, neurose e melancolia.
Há um pouco de tudo isso em A rainy day in New York, cidade fétiche deste realizador, e o seu mais recente título. E, no entanto, apesar dos interessantes diálogos, dos hilariantes encontros e desencontros, do hino à cidade que o filme também é, como muitos outros com a sua assinatura, este soube-me a pouco e deixou-me com a sensação de "déjà vu".
Assim, ao contrário de outras opiniões que já fui lendo, este não é, para mim, um filme a não perder; é apenas mais um típico filme de Woody Allen, ao qual falta o fulgor e a criatividade que têm alguns dos seus mais brilhantes títulos. É um bom filme? Sim. Mas não nos empolga, nem marca, nem deslumbra.

2 comentários:

  1. vi há dias um dele assim, mas achei graça. são bons filmes para ver em tardes de chuva de domingo.

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    1. Para mim, pode ser qualquer dia, a qualquer hora. Mas tem é que ser no cinema. Eu não gosto nada de ver filmes em casa e é raro fazê-lo.

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