Vivemos apressados, correndo daqui para ali, muitas vezes sem sequer pensar no que nos leva a correr tanto e a viver assim. Embrenhados em diversas rotinas, respondendo a todo o tipo de solicitações, deixamos escoar as horas e os dias, passando muitas vezes ao lado do essencial.
E queixamo-nos; gostamos muito de nos queixar. Não há quem nunca se tenha justificado com a "falta de tempo" para não fazer, ir, ou estar onde deveria, poderia, gostaria.
Relembramos com saudade e nostalgia os tempos de infância em que o Verão parecia não ter fim e a vida não era mais que despreocupação e fantasia. E ansiamos por um futuro qualquer, seja férias, feriado ou fim de semana, que nos devolva essa sensação de quietude e desaceleração, que parece fazer o tempo crescer e nos permite ver e sentir tudo melhor.
Mas, no fundo, (quase) tudo depende apenas de nós. Eu costumo dizer que "temos sempre tempo para aquilo que queremos". E é verdade. Trata-se de escolher o que é mais importante, e de ser capaz de deixar-se levar, sem pesos na consciência ou excessivo "sentido das obrigações". Não é ser irresponsável, claro, é antes estar atento ao que é mais relevante para cada um e não dar tanto de si ao que é insignificante.
Viver cada momento em plenitude total é, naturalmente, utopia pura, mas eu, que sou obcecada com o tempo e que me deslumbro com o seu carácter passageiro, numa difusa efemeridade que torna cada momento único e irrepetível, dou comigo a pensar, muitas vezes, que gastamos demasiado tempo e espaço de vida com os "afazeres" quotidianos e com questões menores, em vez de nos dedicarmos mais à companhia dos que amamos, à emoção diante da beleza do mundo, a conversas boas noite fora, a silêncios cúmplices e a afectos desmedidos, a ouvir música em sossego, a gestos e palavras de ternura e a tudo o que a vida tem de melhor.
E queixamo-nos; gostamos muito de nos queixar. Não há quem nunca se tenha justificado com a "falta de tempo" para não fazer, ir, ou estar onde deveria, poderia, gostaria.
Relembramos com saudade e nostalgia os tempos de infância em que o Verão parecia não ter fim e a vida não era mais que despreocupação e fantasia. E ansiamos por um futuro qualquer, seja férias, feriado ou fim de semana, que nos devolva essa sensação de quietude e desaceleração, que parece fazer o tempo crescer e nos permite ver e sentir tudo melhor.
Mas, no fundo, (quase) tudo depende apenas de nós. Eu costumo dizer que "temos sempre tempo para aquilo que queremos". E é verdade. Trata-se de escolher o que é mais importante, e de ser capaz de deixar-se levar, sem pesos na consciência ou excessivo "sentido das obrigações". Não é ser irresponsável, claro, é antes estar atento ao que é mais relevante para cada um e não dar tanto de si ao que é insignificante.
Viver cada momento em plenitude total é, naturalmente, utopia pura, mas eu, que sou obcecada com o tempo e que me deslumbro com o seu carácter passageiro, numa difusa efemeridade que torna cada momento único e irrepetível, dou comigo a pensar, muitas vezes, que gastamos demasiado tempo e espaço de vida com os "afazeres" quotidianos e com questões menores, em vez de nos dedicarmos mais à companhia dos que amamos, à emoção diante da beleza do mundo, a conversas boas noite fora, a silêncios cúmplices e a afectos desmedidos, a ouvir música em sossego, a gestos e palavras de ternura e a tudo o que a vida tem de melhor.
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