Para a minha geração, para muitas outras, decerto, Cristopher Plummer, será para sempre o Capitão Von Trapp. Pode ter, ao que parece, ganhado um Óscar, já tardio, ter tido uma carreira cheia de prémios e sucessos, mas a personagem do filme de Robert Wise, de 1965, colou-se-lhe à pele como uma tatuagem, perseguiu-o a vida toda e será por ela que sempre será lembrado.
Goste-se ou não, para quem tem mais ou menos a minha idade, o filme The sound of music ("Música no Coração", em português) marcou a nossa infância e até um pouco para além dela, nem que fosse porque passava repetidas vezes na televisão, especialmente na tarde do dia de Natal. Lembro-me muito bem de o ter visto pela primeira vez, teria uns cinco ou seis anos, no cinema Tivoli, e de essa ser uma das minhas mais antigas memórias cinematográficas.
Como esquecer, pois, aquele capitão austríaco, tão austero, que se revela depois sensível e apaixonado pelo poder transformador do amor e da música. Como esquecer Julie Andrews e o seu grito The ills are alive with the sound of music, objecto de inúmeras piadas e tantas private jokes que nos acompanham desde sempre. Como esquecer as canções daquele filme mítico que faz parte das nossas vidas?
Cristopher Plumer morreu esta semana. Mas o Capitão Von Trapp permanecerá inesquecível para mim, para nós, e seguirá no nosso imaginário, a cantar de forma doce, quase pueril, Edelweiss:
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