Não, eu não sou preguiçosa. Nem tenho paciência para pessoas que se esquivam a qualquer esforço, físico ou mental.
E, no entanto, adoro dormir e, de vez em quando, entregar-me ao prazer de não ter horários nem obrigações, de quebrar a rotina e de me deixar guiar apenas pela vontade de cada momento.
É no prazer de fazer tudo mais devagar que me permito olhar o mundo à minha volta com mais atenção, passear sem rota nem destino, descobrir pequenas coisas quase como se as visse pela primeira vez. E, com isso, ganho uma alma nova.
Ontem, levantei-me mais cedo do que é hábito aos Sábados e deixei-me encantar pelo Outono à minha porta. Depois fui caminhando por Lisboa, porque a luz, os cheiros e o ritmo das manhãs de Lisboa são inigualáveis. E reencontrei, assim, aquela serenidade que me permite concluir que tudo na vida faz sentido.
Na verdade sinto um prazer especial em ter férias "fora de época", como se ter tempo para usar como quiser quando a maior parte das pessoas está ocupada desse um sabor maior e melhor à minha preguiça. Até dia 7 de Outubro, são mais 7 dias, muitas horas, muitos momentos, para ser (ainda mais) feliz.
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