Quem nunca amou, quem nunca chorou, ou sonhou, se riu e se comoveu ao som de uma música qualquer? A música ocupa um lugar central nas nossas vidas e acompanha todos os grandes momentos da nossa existência. E os pequenos também. Às vezes nem damos por ela, outras vezes sentimos-lhe a falta, um pouco como a certeza doce e terna de termos na nossa vida as pessoas que amamos, e de nos habituarmos a isso a ponto de quase não darmos pela enorme importância que têm para nós.
O que seria da nós sem essa musicalidade que combina sons e silêncio, sem essa forma de expressão, que é também uma arte, que está para além das palavras e acima delas, que assume particular importância quando alguma coisa dentro de nós nos aperta o coração, alguma coisa que não se consegue dizer, mas também não pode calar-se. A música é essa voz sem palavras, que nos permite exprimir-nos e comunicar quando as palavras não chegam, que transmite felicidade, ausência, saudade, tristeza, desespero, alegria e tantas outras emoções.
Hoje é dia mundial da música. Eu detesto os "dias de".... Mas, hoje, abro uma excepção!
Se há coisas que lamento, uma delas será certamente não ter aprendido música, porque conhecê-la a fundo é, julgo eu, tão importante como saber ler e escrever. Resta-me, por isso, agradecer a todos os músicos de todos os géneros e de todos os tempos essa maravilha que "imita o movimento da alma", segundo Platão. É que, afinal, "no peito dos desafinados também bate um coração"...
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