De João Gil pode esperar-se tudo. Com uma certeza: o que faz, quando faz, é sempre muito bom. É sempre bem feito. Mais que isso. A cada novo projecto, João Gil tem a capacidade de inovar e de surpreender, com o seu enorme talento e o seu génio musical.
Tenho acompanhado o percurso artístico do João Gil nos últimos trinta anos. Trinta e tal. É muito tempo! O João Gil é, sem dúvida, um dos músicos da minha vida e é, além disso, também, uma pessoa de quem gosto muito, simples, afectuosa, próxima, encantadora como muito poucos dos que têm o seu estatuto e notoriedade.
Há tempos, no final do mês de Maio, no lançamento do livro da Helena Sacadura Cabral, encontrei o João Gil, que me falou com entusiamo dos seus novos projectos e também da ideia de fazer uma missa em latim. Arrebitei as orelhas e arregalei os olhos. Pareceu-me estranho e interessante, simultaneamente. Fiquei curiosa....
Na última quinta-feira, cerca de cinco meses depois, tive o privilégio de assistir ao vivo, no magnífico cenário da Igreja de S. Roque, à primeira apresentação da Missa Brevis, álbum de músicas compostas com base em textos litúrgicos, cantadas em latim por aquela que é para mim a mais bonita de todas as vozes - a de Luís Represas - e também por Manuel Rebelo, num novo grupo chamado Cantate, que conta ainda com Manuel Paulo ao piano e Diana Vinagre no violoncelo.
Tenho acompanhado o percurso artístico do João Gil nos últimos trinta anos. Trinta e tal. É muito tempo! O João Gil é, sem dúvida, um dos músicos da minha vida e é, além disso, também, uma pessoa de quem gosto muito, simples, afectuosa, próxima, encantadora como muito poucos dos que têm o seu estatuto e notoriedade.
Há tempos, no final do mês de Maio, no lançamento do livro da Helena Sacadura Cabral, encontrei o João Gil, que me falou com entusiamo dos seus novos projectos e também da ideia de fazer uma missa em latim. Arrebitei as orelhas e arregalei os olhos. Pareceu-me estranho e interessante, simultaneamente. Fiquei curiosa....
Na última quinta-feira, cerca de cinco meses depois, tive o privilégio de assistir ao vivo, no magnífico cenário da Igreja de S. Roque, à primeira apresentação da Missa Brevis, álbum de músicas compostas com base em textos litúrgicos, cantadas em latim por aquela que é para mim a mais bonita de todas as vozes - a de Luís Represas - e também por Manuel Rebelo, num novo grupo chamado Cantate, que conta ainda com Manuel Paulo ao piano e Diana Vinagre no violoncelo.
E, uma vez mais, fui testemunha de um momento único, intenso, absolutamente arrebatador e que me deixou de lágrimas nos olhos. Só que desta vez foi diferente. Foi ainda mais especial. Por tudo: pelo tempo que vivemos, pela novidade, pela profundidade, pelo sentimento, pela entrega, pela partilha de uma "inquietação" que começa por ser pessoal, mas que é, também, de todos nós.
Já ouvi o Luís Represas cantar em quase todos os contextos e todos os tipos de música, com diferentes acompanhantes e acompanhamentos. Ao som da voz de Luís Represas já experimentei toda a espécie de emoções e sentimentos, já não sei quantas vezes me emocionei, me comovi e arrepiei, amei, sonhei, chorei, ri, sofri, cantei. Mas desta vez foi uma emoção que nunca experimentara, como se naquele lugar tão marcadamente espiritual, com aquela música, me tivesse apercebido que a arte e a fé têm muito mais em comum do que pode parecer, sobretudo porque, como tão bem explicou João Gil, ambas surgem de uma inquietação e da procura de respostas: "Se não fosse a inquietação e a interrogação das coisas, não haveria música, arte, não haveria esperança.”
A Missa Brevis está à venda a partir de 2 de Novembro e é para ouvir muito, com muita atenção. E para deixar-se levar por aquela excelente música e por aquelas vozes excepcionais. Por mim, resta-me agradecer outra vez ao João Gil e ao Luís Represas por encherem de música a minha vida e com isso contribuirem para eu me sentir imensamente feliz!
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