quarta-feira, 19 de junho de 2013

Convicções


Sou assim: quando gosto é sempre muito e quando não gosto é mesmo nada. Sem meio termo. Entre uma coisa e outra fica tudo o que me é indiferente e que às vezes nem reparo que existe. Ou, se sim, não quero saber.
Eu gosto de Paulo Portas. Gosto muito! E gostava, até, que houvesse mais políticos como ele. E que fosse ele a estar à frente dos destinos do nosso país. 
Porque eu ouço-o e concordo com ele. Admiro-lhe a inteligência e a capacidade de comunicação e de trabalho, a garra com que defende aquilo em que acredita, o patriotismo e o sentido de estado, a dedicação ao partido e ao país. E também a capacidade de fazer política no verdadeiro sentido do termo. O bom senso. A personalidade forte e decidida. A educação. Tanta coisa...
O Paulo sempre foi muito criticado, como é próprio de quem é bom naquilo que faz. Terá cometido alguns erros no seu percurso, como todos nós, terá defeitos e qualidades como toda a gente, mas o que tem de bom é de certeza muito maior e melhor do que o que é menos bom.
Gostaria de saber o que fariam, no lugar dele, todos os que o acusam das mais diversas coisas. Mas prefiro não ver. É que falar é sempre muito mais fácil. Quantos não teriam já voltado as costas, lançando-nos num caos ainda maior?
Eu chego a ter vontade de lhe agradecer. Pela coragem de aceitar governar em condições tão adversas um país arruinado, humilhado, destruído. Porque acredito que sem o CDS no governo o país estaria ainda pior do que está hoje. Porque consigo imaginar como têm sido difíceis e duros os seus dias.
E foi  justamente por achar, um dia, há dois anos e tal, que não bastava estar em casa, na comodidade e no conforto do meu sofá, a "mandar bocas" sobre o que se faz e o que poderia ser feito, num momento em que o país "batia no fundo" e se aproximava vertiginosamente da bancarrota, que eu achei que era a altura de "arregaçar as mangas" e disponibilizar-me também para fazer alguma coisa no que entendessem que o meu contributo, mesmo pequeno, poderia ser uma ajuda.
Um partido tem coisas boas e más, como a vida. O partido a que  pertenço é um partido plural, onde há diferentes opiniões e todas se fazem ouvir. Só é pena que nem sempre, no entanto, as pessoas escolham a melhor maneira de o fazer, a mais correcta. Mas isso acontece por todo o lado. E é incontornável.
Foi também por isso que aceitei que o meu nome fosse incluído nas listas das autárquicas, que era uma coisa que, até há bem pouco tempo, não me passaria nunca pela cabeça. Fi-lo porque acredito que, todos juntos e com Paulo Portas, havemos de conseguir fazer de Portugal um país melhor, do qual possamos sentir verdadeiro orgulho.

(Fotografia de Isabel Santiago Henriques)

2 comentários:

  1. Sou apartidário. Não no sentido em que os partidos são uma chaga, o pior da democracia, etc, mas no sentido em que foi, é e será sempre muito mais importante pensar primeiro no país, do que em claques ou cliques. Ao contrário do que se quer fazer parecer, este governo corre mais riscos de cair por o que as várias facções do próprio PSD têm feito do que pelo pelo exemplar Sentido de Estado do PP. Por outro lado, a percepção política de PP contrabalança em muito um certo troikismo da dupla Gaspar-Passos. Em boa verdade, vai custar-me muito engolir uma alternativa PS-CDS, por mais hipotética que seja. Depois de tudo o que sucedeu, ficaria muito desiludido com PP se este, um dia e também em nome do "sentido de Estado", se apresentasse como parceiro de coligação do partido que mais contribuiu para a bancarrota do país.

    Quanto ao Paulo Portas, por si só, considero-o inteligente, verdadeiramente político (no sentido que decide para e pelas pessoas) e patriota. Mas faltam muitos mais Portas no CDS e no PSD...

    Beijinho:)

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    1. Quase totalmente de acordo, Paulo! Não sou apartidária pelas razões que aponto no post, mas continuo a pensar pela minha cabeça (com suficientes provas dadas - eheh ;)

      Quanto ao resto concordo o mais possível consigo. Preferia de longe que o CDS estivesse a governar sozinho, pela mão e pela cabeça de Paulo Portas. E apesar de não pensar muito nisso, pelo menos por agora, também odiaria ver o CDS aliado ao PS, que é de todos os partidos da cena política portuguesa o que mais me "complica com os nervos". Por tudo e mais alguma coisa...

      E sim, também acho que faltam muitos mais Portas, no CDS, no PSD, no país... Nem sei, honestamente, se me manteria no CDS caso Portas saísse. Mas isso, felizmente, julgo que não está no horizonte mais próximo. Para bem de todos nós.

      Beijinho :)

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