Vilancete
Mote
Se Helena apartar
Do campo seus olhos
Nascerão abrolhos
Voltas
A verdura amena,
Gado que pasceis,
Sabei que deveis
Aos olhos de Helena.
Os ventos serena,
Faz flores de abrolhos
O ar dos seus olhos
Faz serras floridas,
Faz claras as fontes:
Se isto faz nos montes,
Que fará nas vidas?
Trá-las suspendidas,
Como ervas em molhos,
Na luz dos seus olhos.
Os corações prende
Com graça inumana
De cada pestana
Uma alma lhe pende.
Amor se lhe rende
E, posto em geolhos
Pasma nos seus olhos.
(Luís de Camões)
Era assim a Helena de Camões. A "minha" é igualmente fantástica: ou mais ainda...
Tê-la no grupo dos meus amigos é uma honra e um privilégio enormes. Gosto muito dela. E faz hoje anos, não importa quantos, que a Helena não tem idade. Aqui fica (mais) um grande beijinho de parabéns, porque os mimos nunca são demais.
(Fotografia de Isabel Santiago Henriques)
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