Tendemos a tomar como garantido aquilo que temos, sem considerar que de um dia para o outro tudo pode alterar-se e que, para o bem e para o mal, a vida sempre nos surpreende. Mas nisso reside também grande parte do seu desafio e encanto.
O ideal é aproveitar ao máximo tudo o que temos de bom, aprender com os erros, e estar disponível para aceitar e continuar, na certeza de que a felicidade não é duradoura mas antes fulgurante, como uma soma de pequenos momentos de plenitude, conhecimento e comunhão.
Há, depois, muitas conquistas e derrotas que fazem parte do caminho. Com o tempo aprende-se que não ter nada pode às vezes querer dizer ter tudo, que mesmo os que mais amamos não nos pertencem, e que até a solidão pode ser boa e necessária.
E que o amor é bem mais simples do que imaginamos, que as pequenas coisas insignificantes são muitas vezes as mais importantes de todas e que, na lógica serena do tempo que passa, é preciso, acima de tudo, acreditar.
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