Às vezes acontece-nos serem tão fortes as emoções, tão marcante o que vivemos, que não encontramos palavras para o dizer. E precisamos deixar passar um dia ou dois para arrumar os sentimentos e os transformar em ideias. Isto mesmo, sobre a falta de palavras, disse Luís Represas, na terça-feira, no concerto em que comemorava os seus 43 anos de carreira, a propósito do que sente cada vez que pisa o palco do Coliseu. Também para mim esta é a melhor sala de espectáculos de Lisboa, a que me traz as mais inesquecíveis recordações, pelo que nela já vivi, mas também pelo seu carácter aconchegante, talvez decorrente da estrutura circular, que faz com que a magia do que nela se passa se receba como um abraço. Ah, que falta (me) faz o Pedro Rolo Duarte, com quem partilhava tantos gostos musicais, e que tinha a rara sensibilidade de encontrar sempre a maneira certa de dizer o que eu também sentia... Mas, sei que, mesmo de outra maneira, também ele esteve esta noite no Coliseu.
Quem me conhece bem, sabe como eu gosto do Luís Represas de uma forma toda especial; e como a sua música é sem dúvida a banda sonora da minha vida, como a acompanho e me acompanha desde aquele magnífico concerto do Trovante em Maio de 1983 na Aula Magna (há 36 anos, meu Deus!), e depois, todos os que se lhe seguiram (e foram tantos, a vida toda...). Por isso, hoje, um concerto do Luís é para mim como um jantar de amigos, daqueles que sentimos como "casa", por força do ambiente descontraído de conversas e de risos à solta, falando sobre tudo de olhos nos olhos e, acima de tudo, saboreando o prazer de estar juntos e de sentir como são bons e apertados os laços que nos unem...
Acho que nunca saberei agradecer devidamente ao Luís Represas por tanta emoção, por ter embalado os meus sonhos com a sua música, por ter contribuído (talvez sem o saber) para tornar a minha vida mais bonita; e por ser um motivo (entre muitos outros) para eu me sentir privilegiada; e ainda mais feliz.
Por tudo isto, mais do que um "velho" amigo, o Luís é para mim um "compagnon de route", uma pessoa que faz parte da minha vida, por quem tenho admiração, afecto e apreço, em doses desmedidas.
Hoje, com uns inacreditáveis 43 anos de carreira, o Luís tem "muchas tablas", como diriam os espanhóis. E, no entanto, consegue manter o rumo e a coerência e simultaneamente ir inovando, como só os grandes artistas são capazes. Não se acomodou com o tempo, mas antes fez do caminho percorrido uma viagem bonita, à qual ainda haverá muito que acrescentar; e consegue fazer de cada concerto um momento único, tocante e inesquecível, daqueles que queremos guardar para sempre na memória e no coração. Consegue, com a sua voz excepcional, chegar-nos ao fundo da alma e emocionar-nos até à comoção. E fazer o tempo parar, como só acontece nos momentos em que o amor e a entrega se sobrepõem a tudo.
O que se passou na terça-feira no Coliseu está muito para além das palavras, e apenas se pode viver pelo lado de dentro, em transbordante sentimentalidade. Quem não esteve lá, por mais vídeos e fotografias que possa ver entretanto, não faz ideia do que perdeu; e nunca poderá chegar perto daquela imensa cumplicidade, que só quem viveu pode conhecer, que se nos cola à pele, e e se leva vida fora, e enche o coração de bem-estar, harmonia, encantamento e felicidade.
Quem me conhece bem, sabe como eu gosto do Luís Represas de uma forma toda especial; e como a sua música é sem dúvida a banda sonora da minha vida, como a acompanho e me acompanha desde aquele magnífico concerto do Trovante em Maio de 1983 na Aula Magna (há 36 anos, meu Deus!), e depois, todos os que se lhe seguiram (e foram tantos, a vida toda...). Por isso, hoje, um concerto do Luís é para mim como um jantar de amigos, daqueles que sentimos como "casa", por força do ambiente descontraído de conversas e de risos à solta, falando sobre tudo de olhos nos olhos e, acima de tudo, saboreando o prazer de estar juntos e de sentir como são bons e apertados os laços que nos unem...
Acho que nunca saberei agradecer devidamente ao Luís Represas por tanta emoção, por ter embalado os meus sonhos com a sua música, por ter contribuído (talvez sem o saber) para tornar a minha vida mais bonita; e por ser um motivo (entre muitos outros) para eu me sentir privilegiada; e ainda mais feliz.
Por tudo isto, mais do que um "velho" amigo, o Luís é para mim um "compagnon de route", uma pessoa que faz parte da minha vida, por quem tenho admiração, afecto e apreço, em doses desmedidas.
Hoje, com uns inacreditáveis 43 anos de carreira, o Luís tem "muchas tablas", como diriam os espanhóis. E, no entanto, consegue manter o rumo e a coerência e simultaneamente ir inovando, como só os grandes artistas são capazes. Não se acomodou com o tempo, mas antes fez do caminho percorrido uma viagem bonita, à qual ainda haverá muito que acrescentar; e consegue fazer de cada concerto um momento único, tocante e inesquecível, daqueles que queremos guardar para sempre na memória e no coração. Consegue, com a sua voz excepcional, chegar-nos ao fundo da alma e emocionar-nos até à comoção. E fazer o tempo parar, como só acontece nos momentos em que o amor e a entrega se sobrepõem a tudo.
O que se passou na terça-feira no Coliseu está muito para além das palavras, e apenas se pode viver pelo lado de dentro, em transbordante sentimentalidade. Quem não esteve lá, por mais vídeos e fotografias que possa ver entretanto, não faz ideia do que perdeu; e nunca poderá chegar perto daquela imensa cumplicidade, que só quem viveu pode conhecer, que se nos cola à pele, e e se leva vida fora, e enche o coração de bem-estar, harmonia, encantamento e felicidade.
Dizer "obrigada" ou dizer "parabéns" será, neste caso, poucochinho. Socorro-me então das palavras do próprio Luís, que diz numa das sua mais belas canções: "Encontrar quem és/ caminhar de pé/ É tocar a estrela mais alta do céu..."; e ainda parafraseando-o, eu diria que oxalá "a vida continue a tomar bem conta de ti..."
(Fotografias e vídeo de Manuela Santos Silva)
Obrigada Isabel pelas suas palavras. Descreve tão bem o que sinto em relação ao Luis Represas. É também verdade em relação ao João Gil.
ResponderEliminarFaz parte da minga vida adulta e é sempre lá que volyo a aconchegar-me.
Saudações
Ana Paula
Obrigada eu, Ana Paula. É bom saber que há muitas pessoas que sentem como eu. De resto, aquele Coliseu esgotado foi bem a prova disso.
EliminarUm beijinho
Bem-haja Isabel realmente descreve na perfeição o que se viveu no coliseu na noite de 30 Abril, por mais vídeos ou fotos que se vejam jamais transmitirá o que se viveu só quem lá esteve é um concerto que se leva pra vida toda 🙏
ResponderEliminarObrigada. Foi maravilhoso e inesquecível, de facto. Uma grande noite! :)
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