Despeço-me da praia em Outubro, numa altura em que ela volta ao silêncio de que eu gosto e posso de novo sonhar preguiçosamente em frente ao mar, sentindo o sossego e a harmonia à minha volta. É nestas alturas que o mundo me parece perfeito, apesar de tudo.
Termino a época balnear um pouco mais tarde do que de costume, porque também a comecei em Maio, e não em Março nem Abril, como costuma ser o hábito. Amanhã é a minha "rentrée", depois de três maravilhosas semanas de férias inteiramente portuguesas, num ano muito peculiar e em tudo diferente dos outros.
Agora, voltam as obrigações do quotidiano, os despertadores a horas demasiado matinais, os horários, as horas marcadas e tudo o que me ocupa nos dias "normais"; agora, vem o vento, o frio e a chuva, o tempo do recato e do aconchego, em que fico mais em casa, enquanto vou pensando em voltar a ter uns dias para fazer tudo o que me apetecer. Na Primavera, talvez, se não for antes...
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