"Um amor feliz não fica a dever nada à paixão. O amor é no mundo real. É muito mais arriscado. (...) Dá uma trabalheira. Mas quando funciona traz uma intimidade que não existe na paixão."
E há amores assim, vividos de muitas formas, resistentes ao tempo e às contrariedades da vida, a todas as rotinas e desgastes da passagem dos dias e dos anos, como aqueles mistérios que não se entendem nem se explicam, mas apenas se vivem pelo lado de dentro de uma intimidade partilhada; que não se atenuam nem esmorecem mesmo que se vão modificando, que são feitos de um entendimento que não precisa de muitas palavras, de silêncios bons, de olhares cúmplices, do aconchego e do conforto de saber que apenas por se terem tudo é mais fácil e perfeito; e da certeza de que o amor é o melhor do mundo, quando nele cabe a a felicidade que vem desse nó muito apertado, que nunca se desfaz, e enche de luz a vida inteira.
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