Os amigos, como os amores, passam por nós ou vêm para ficar. Às vezes, por razões várias, e até sem razão nenhuma, parecem distanciar-se e, nas voltas da vida, perder-se a cumplicidade e a partilha. Mas, quando é genuíno, forte, e sério o que nos une, sobrevivem ao afastamento e ao tempo, ao silêncio e às mágoas, e a tudo o que não se sabe ou não consegue entender-se.
E enquanto hoje pensava nisto, lembrei-me que Vinicius de Moraes, nas suas próprias palavras o "capitão do mato (...) poeta e diplomata, o branco mais preto do Brasil", faria 102 anos. E que mesmo não chegando a fazê-los, permanece ainda muito vivo.
Por isso, parafraseando-o em jeito de homenagem num dia que também é seu, aqui deixo aquela máxima do "Samba da Benção" que diz: "a vida é a arte do encontro /embora haja tanto desencontro nessa vida".
Ou, como diria Miguel Esteves Cardoso, "a glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém expectativas, nem planos, nem ansiedade."
Ou, como diria Miguel Esteves Cardoso, "a glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém expectativas, nem planos, nem ansiedade."
(Fotografia de Paulo Abreu e Lima)
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