De tudo o que tenho visto e ouvido nos últimos dias sobre a inenarrável situação que estamos a viver, e que diz tanto sobre o mais mesquinho e desprezível que pode haver nas pessoas, destaco o texto de Maria João Avillez, hoje, no "Observador".
Não sei o que me espanta mais: se é o descaramento que ouço agora mesmo Bagão Félix qualificar como falta de ética, se é haver algumas de vozes a defender a legitimidade deste oportunismo, a todos os títulos inaceitável, e a ambição absolutamente vergonhosa, que justifica todos os meios para atingir um fim pessoal.
Não sei o que me espanta mais: se é o descaramento que ouço agora mesmo Bagão Félix qualificar como falta de ética, se é haver algumas de vozes a defender a legitimidade deste oportunismo, a todos os títulos inaceitável, e a ambição absolutamente vergonhosa, que justifica todos os meios para atingir um fim pessoal.
O texto chama-se "O usurpador", e o título já diz tudo. E diz, por exemplo, isto:
(...) uma estreia absoluta em Portugal mas, hélas, fornecida por uma realidade, que embora enviezada e politicamente ilegítima é concreta, de carne e osso. Razões: nenhumas a não ser o pior da natureza humana.
(...) O país sabe que se trataria de uma usurpação, a Europa também, o mundo também. E "last but not least", os portugueses também sabem. Mesmo que fazendo deles parvos-parvíssimos se evoque "a Constituição" como fonte legitimadora de um governo eleitoralmente anormal.
(...) é preciso ir buscar a chave deste alarmante comportamento de António Costa ao pior que pode haver dentro de alguém.
(...) uma estreia absoluta em Portugal mas, hélas, fornecida por uma realidade, que embora enviezada e politicamente ilegítima é concreta, de carne e osso. Razões: nenhumas a não ser o pior da natureza humana.
(...) O país sabe que se trataria de uma usurpação, a Europa também, o mundo também. E "last but not least", os portugueses também sabem. Mesmo que fazendo deles parvos-parvíssimos se evoque "a Constituição" como fonte legitimadora de um governo eleitoralmente anormal.
(...) é preciso ir buscar a chave deste alarmante comportamento de António Costa ao pior que pode haver dentro de alguém.
Acontece frequentemente na Europa serem formados governos liderados por partidos que não ganharam as eleições. Cá, por razões históricas, não estamos habituados uma vez que temos o conceito de "arco da governação". A minha comichão de se formar um governo PS/BE/PCP é o facto de me parecer uma massa disforme sem possibilidades de sucesso.
ResponderEliminarConcordo consigo quanto à impossibilidade de sucesso e, no fundo, isto não é mais do que puro oportunismo de um ego gigantesco que apenas quer fazer no país o que fez no seu partido: "um assalto descarado ao poder, absolutamente inqualificável."
EliminarMas, quanto à comparação com o que se passa nos outros países, já não. Portugal é uma coisa, tem as suas especificidades, e o que se passa "ailleurs" não são realidades comparáveis, tal como em educação é ridículo querermos fazer o que faz a Finlândia, por exemplo.
Ah, esta nossa mania de imitar o que os outros fazem, seguindo a ideia que se se faz "lá fora", então é porque é bom com certeza, o que é também indício da nossa imensa tacanhez. Enfim...
Infelizmente, quem vai caro por tudo isto seremos nós, uma vez mais...