quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Se (eu) fosse...


Quando eu era adolescente, tinha um grande grupo de amigos com quem me encontrava todos os fins de semana. E, entre muitas outras coisas, fazíamos às vezes o jogo do "se fosse..." para testar a  que ponto nos conhecíamos. Era mais ou menos assim: um de nós tinha que adivinhar de quem estávamos a falar, fazendo perguntas começadas por "e se fosse...", a que os restantes tinham de responder com o que considerassem mais próximo da personalidade e maneira de ser do(a) visado(a).
Muitos anos depois, em 2010, cerca de um ano após a minha adesão ao Facebook, retomei a brincadeira, mas desta vez só comigo, numa nota que redigi em jeito de apresentação. Redescobria-a um destes dias, ao fazer por lá uma "limpeza". E não deixou de me surpreender que, ainda que tenha sido feita há cinco anos, o que diz de mim continue a ser verdade...

Se fosse um mês: Março (porque faço anos e chega a Primavera. Porque de Março até ao final de Junho é a altura do ano de que eu mais gosto)

Se fosse um dia da semana: Sexta-feira (o dia livre dos últimos anos, a antecipação do fim de semana)

Se fosse uma hora do dia: final da tarde, em Lisboa, junto ao rio, ou no Chiado. Em Paris, no Jardin du Luxembourg

Se fosse uma estação: Primavera

Se fosse uma direcção:  Sul (de Espanha...)

 Se fosse um país: Espanha (pela alegria) França (pelo requinte e o pensamento)

 Se fosse uma cidade: Paris

Se fosse um continente: Europa

Se fosse um móvel: sofá (onde eu gosto de estar quando estou em casa...)

Se fosse uma bebida: vinho tinto, claro!
 
Se fosse um pecado: preguiça (para apreciar vagarosamente todas as coisas boas) 

 Se fosse uma fruta: Pêssego (quando se vê  por fora não se imagina como é por dentro)

 Se fosse um elemento da Natureza: mar calmo num fim de tarde de Verão

 Se fosse uma paisagem: uma cidade movimentada, ou uma praia deserta

 Se fosse um elemento: Água

 Se fosse uma cor:  Azul

 Se fosse um festival de música: Rock in Rio

  Se fosse um insecto: Uma Joaninha

 Se fosse um som:  gargalhada

 Se fosse uma canção:  Caçador de mim de Milton Nascimento ou Perdidamente de Luís Represas

 Se fosse um sentimento: amor sem limites nem obrigações

 Se fosse uma personagem da mitologia grega: Orfeu (a poesia, a música, o amor excessivo, a incapacidade de resistir à tentação)
  
 Se fosse uma palavra:  agora

 Se fosse um lugar:  Uma cidade cosmopolita

 Se fosse um sabor:  doce

 Se fosse um cheiro: terra molhada depois da chuva

 Se fosse um verbo: viver

 Se fosse um objecto: caneta

 Se fosse uma parte do corpo: cabelos

Se fosse uma expressão facial: piscar de olho

 Se fosse uma manifestação de afecto: um beijo sonoro ou um abraço apertado

 Se fosse um filme: As asas do desejo

Se fosse um quadro: Impressionista (Monet, Impression Soleil levant)

Se fosse um livro: Aparição

 Se fosse um número: 7

Se fosse uma letra: A (porque é por onde tudo começa...)

Se fosse um acento: circunflexo

Se fosse um sinal de pontuação: Reticências (Há sempre mais qualquer coisa a dizer...)

 Se fosse uma peça de roupa: mini-saia ou vestido

 Se fosse uma peça de calçado: sapatos de salto alto, modelo clássico

 Se fosse um acessório: óculos de sol

 Se fosse um advérbio: imenso
 
 Se fosse um palavrão: merda
 
 Se fosse uma sensação: liberdade

2 comentários:

  1. Se fosse um dia o teu olhar...: Lisboa vista do Tejo

    Já percebi o gosto pelas paisagens e pela cidade. Por vezes no verão apanho o barco para ir almoçar ao outro lado, e uma das coisas que mais gosto é de ver Lisboa ao longe.

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    1. Eu também gosto de ver Lisboa assim. Uma das imagens mais bonitas da minha cidade é chegar do sul e entrar pela ponte. Esse é o momento em que me sinto "em casa".
      Já o barco dispenso. Não sou muito dada à navegação...

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