Depois de Monsieur et Madame Adelman, em 2017, Nicolas Bedos, o filho de Guy Bedos, regressa ao tema das relações amorosas e dos "estragos" do tempo, com um elenco de peso que inclui Daniel Auteuil, Fanny Ardant, Guillame Canet, Pierre Arditi e uma magnífica Doria Tillier, que já conhecíamos do filme anterior.
Apresentado fora de competição no Festival de Cannes de 2019, onde foi muito aclamado pela crítica, La Belle Époque é de facto um daqueles filmes que toca num qualquer ponto da nossa sensibilidade, e não apenas pelo brilhantismo das interpretações. Há uma mistura de comédia e drama, de passado e presente, de verdade e de mentira, de veracidade dos sentimentos, de sarcasmo e de emoção, de nostalgia, também, tudo feito com originalidade, humor, planos rápidos, que conferem energia à narrativa, e deliciosos diálogos.
Centrado num possível regresso ficcional ao passado, que neste caso são os anos 70 e tudo o que lhes está associado, sem esquecer detalhes como a música ou a indumentária, por exemplo, o filme coloca o dedo na ferida sobre o saudosismo que deixa em nós a passagem do tempo, a vontade de reviver alguns instantes que marcaram a nossa vida e a ideia de que a lembrança de um dia feliz de um tempo que já não volta pode talvez ser a ocasião para aproveitar melhor o momento presente.
A ver, pois claro!...
Uma sugestão que, por certo, vou seguir. :)
ResponderEliminarFeliz Natal, Isabel!
Vai gostar.
EliminarBom Natal também para si, Luísa, e Bom Ano. 😉😘