Por muito que eu goste de Lisboa - e adoro! - faltam-me Paris e Sevilha, como me falta Nice, ou Madrid, San Sebastián ou Strasbourg, e todas as cidades que eu amo e onde sempre me apetece voltar. Faltam-me, também, todas as que ainda não conheço (e são tantas...): Veneza, desde logo, ou Praga, ou Valência, ou Lyon, Buenos Aires, Copenhaga e sei lá que mais.
Há mais de um ano sem poder sair daqui, tenho aproveitado para conhecer melhor o meu país e para percorrer de lés a lés minha cidade, que nunca me cansa e, como as outras, me parece inesgotável nos seus encantos.
Mas não posso deixar de sentir uma enorme saudade do frenesim dos entardeceres espanhóis, da calma do Jardin du Luxembourg, de me sentar junto ao Guadalquivir, de ouvir flamenco ao vivo, de ir ao Mercadona e ao Gibert Jeune, de ir ao Rocío e de beber um "rebujito" ou um "tinto de verano", de me demorar na esplanada do "Café de la Paix", de ouvir e falar outras línguas e de me sentir em casa, mesmo em lugares onde na verdade sou "estrangeira".
E apesar de não poder deixar de me considerar uma privilegiada em tudo isto que vivemos no último ano, sonho cada vez mais com o dia em que possa outra vez ir por aí, entusiasmada e expectante, enchendo a alma de novidade e observando tudo nos mais pequenos detalhes.
Conhecer cidades novas, ou regressar àquelas de que mais gosto é, sem dúvida, para mim, o lado mais interessante das viagens. É isso que agora vai ganhando cada dia mais espaço no meu pensamento e na minha vontade; e espero ansiosa o dia em que possa enfim voltar a deixar-me encantar por elas.
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