O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
(Miguel Esteves Cardoso)
E também havia os dias em que tudo era só ausência e desejo, e em que a saudade era pior que uma dor; era uma vagarosa e incómoda moinha, a consumir o coração e a perturbar a habitual tranquilidade, que ia minando tudo, porque não havia distracção, nem alegria, que conseguisse apagar ou fazer esquecer a urgência do abraço apertado, do calor das mãos grandes, do colo bom, que lhe aquecia a alma, lhe acalmava o corpo em sobressalto, e lhe enchia de sol a vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário