Há alguns actores, acho eu, que fazem qualquer filme valer a pena. Como Helen Mirren, por exemplo. Saber que ela constava do elenco deste The Hundred-Foot Journey ("A Viagem dos Cem Passos", em português) foi, por isso, motivo suficiente para querer ver o filme.
Realizado pelo sueco Lasse Hallstrom - o mesmo de Chocolate - tem também a gastronomia como leitmotiv para uma história banal, de final cor-de-rosa e carregada de lugares-comuns, onde não faltam as diferenças culturais, e passa-se, de igual modo, no ambiente de uma pequena aldeia em França, pois claro, país conhecido pelo requinte gastronómico e as tendências xenófobas mais ou menos acentuadas da sua população. Tudo muito previsível, num registo entre o drama e a comédia romântica...
E, no entanto, mesmo não sendo um grande filme, é um filmezinho leve e despretensioso, que se vê muito bem, que nos faz passar duas horas agradáveis e sair bem-dispostos. Tem o apelo sensorial, nas cores fortes e na evocação dos cheiros, sabores e segredos da cozinha indiana, que lentamente se funde com o raffinement e a elegância francesas; e tem, naturalmente, aquela fantástica Helen Mirren, que enche o écran, majestosa na sua intolerante, inflexível e quase austera Madame Mallory que, ainda que aos poucos se vá tornando mais complacente e mesmo terna, não deixa de evocar o papel que fez em The Queen, de Stephen Frears, e que lhe valeu o Óscar da Melhor Actriz em 2007.
Realizado pelo sueco Lasse Hallstrom - o mesmo de Chocolate - tem também a gastronomia como leitmotiv para uma história banal, de final cor-de-rosa e carregada de lugares-comuns, onde não faltam as diferenças culturais, e passa-se, de igual modo, no ambiente de uma pequena aldeia em França, pois claro, país conhecido pelo requinte gastronómico e as tendências xenófobas mais ou menos acentuadas da sua população. Tudo muito previsível, num registo entre o drama e a comédia romântica...
E, no entanto, mesmo não sendo um grande filme, é um filmezinho leve e despretensioso, que se vê muito bem, que nos faz passar duas horas agradáveis e sair bem-dispostos. Tem o apelo sensorial, nas cores fortes e na evocação dos cheiros, sabores e segredos da cozinha indiana, que lentamente se funde com o raffinement e a elegância francesas; e tem, naturalmente, aquela fantástica Helen Mirren, que enche o écran, majestosa na sua intolerante, inflexível e quase austera Madame Mallory que, ainda que aos poucos se vá tornando mais complacente e mesmo terna, não deixa de evocar o papel que fez em The Queen, de Stephen Frears, e que lhe valeu o Óscar da Melhor Actriz em 2007.
Está na minha lista de filmes a ver!
ResponderEliminarÉ agradável, sem dúvida, mas não, de todo, marcante.
EliminarTambém fui ver. Não é marcante mas é agradável, sim, é um convite à tolerância e ao conhecimento como desbloqueador de barreiras. Acho que a sociedade francesa e os indianos saem todos muito bem disto :) O que é bom!
ResponderEliminarSem dúvida, Faty, não chateia, e vê-se bem, sem deixar marca. Ah, mas tem Helen Mirren. Só por ela, valeria a pena, digo eu...
EliminarBeijinho (e bem (re)aparecida. Eu percebo. Continuo a passar na sua casa, embora na maior parte das vezes silenciosamente... ;) )