domingo, 3 de agosto de 2014

Mais do mesmo...


Quem me conhece bem sabe da minha indisfarçável aversão pelos socialistas, que inclui Costa, Soares e tutti quanti, principais responsáveis pelo "estado a que isto chegou".
Mas o expoente máximo desta turba continua a ser Sócrates, que concentra em si, desmesuradamente, tudo o que há de mau em todos eles. E nem sei o que é  mais irritante: se o linguajar de baixo nível, a meio caminho entre o popularucho e o rasca, se aquele ar de prima donna indignada e ofendida, de olhos muito abertos a piscar repetidas vezes, ou a "esperteza saloia" de achar que pode fazer toda a espécie de "trafulhices", porque é sempre capaz de enganar toda a gente.
Será um pouco de tudo isso e ainda o resto, que é visceral e eu não sei dizer. E mesmo tendo sido educada para a tolerância, neste caso nada a fazer: é superior a mim...
Por isso gostei muitíssimo de ler o que escreveu hoje  Alberto Gonçalves no DN;  e não posso resistir a transcrevê-lo aqui na íntegra:
  
A revista Sábado fez capa com a revelação de que o comentador televisivo/bacharel em Engenharia/ vendedor de fármacos/mestre em Filosofia Política José Sócrates é suspeito no caso Monte Branco. Com rapidez pouco habitual na Justiça caseira, a Procuradoria-Geral da República esclareceu que "José Sócrates não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no processo" em causa, o visado apareceu na RTP a falar de "canalhice", certo PS falou de "campanha negra" e o bom povo dividiu-se na apreciação da notícia. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, pelo menos desde que, em 2013, o DCIAP desmentiu qualquer envolvimento de Ricardo Salgado justamente no Monte Branco que os desmentidos da PGR têm uma importância assaz relativa. Em segundo lugar, cabe notar que a sofisticação argumentativa de José Sócrates tende a perder algum impacto por força da repetição das palavras "canalhas", "bandalhos" e "patifes" (para me limitar às reproduzíveis num jornal decente). Em terceiro lugar, nem o trocadilho cromático alivia a velha crença do PS "socrático" de que o Amado Chefe é perseguido pela inveja dos simples mortais. Por fim, resta a devoção cega ou o ódio exaltado que o povo anónimo dedica à criatura, critérios determinantes na crítica ou no aplauso à Sábado.
Este último ponto é tanto mais curioso quanto é costume dizer-se que só as grandes figuras suscitam sentimentos assim extremados. Quem o diz, obviamente, não conhece Portugal, onde, de Salazar a Cunhal, as paixões e as fúrias distinguem rematadas mediocridades. Mas talvez nunca tivessem distinguido uma mediocridade do calibre de José Sócrates, vulto que apenas se destaca pela particular inépcia, pelo descaramento acima do comum e por uma tendência para ver o seu óptimo nome envolvido em 85% das trapalhadas que a nossa Justiça tenta "resolver".
Entretanto, outras publicações falam em suspeitas alusivas à compra de um apartamento em Paris por três milhões. Trata-se, evidentemente, de nova canalhice e da velha campanha. Negra, como se impõe.

2 comentários:

  1. O AG é um excelente cronista. Sempre acutilante. Felizmente, já me livrei da má impulsividade com que lidava com esse senhor. Infelizmente, foi preciso que todos vissem (nem todos...) o "anti-Midas" que ele é, deixando um país, com o dobro da Dívida Pública, em perfeita bancarrota...

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    1. Pois, tenho vindo a descobrir aos poucos as crónicas de AG: uma agradável surpresa...

      Quanto "àquele que nós sabemos", o que eu temo é que além do próprio, já se estejam a perfilar outros como ele, para vir de novo fazer o mesmo, ou pior ainda (se é que é possível...) :(

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