Gosto muito de música. E gosto muito, também, de bonitas histórias de amor. Para pessoas como eu, a star is born ("assim nasce uma estrela") é, pois, um filme imperdível.
O que há nele de mais extraordinário não é a história de duas estrelas, uma em ascensão e outra em declínio; não é Bradley Cooper que o realizou, co-produziu e interpretou muito bem, tendo até, para o efeito, aprendido a tocar guitarra e a cantar, com fantásticos resultados; nem sequer o facto de ser o quarto remake do filme de William Wellman, de 1937. Como não vi as versões anteriores, não posso fazer comparações, nem sei se é melhor Janet Gaynor, em 1937, Judy Garland, em 1954, ou Barbra Streisand, em 1973.
O que este filme tem é Lady Gaga; e o filme é todo ela, porque é ela que lhe dá um brilho suplementar. Já eram sobejamente conhecidos os seus talentos musicais, decerto, mas Lady Gaga revela-se aqui, na sua primeira longa metragem, para além disso, uma extraordinária actriz, credível, magnetizante, capaz de nos agarrar e emocionar do princípio ao fim e candidata quase certa ao Oscar.
Ally, a sua personagem, é genuína e natural, desprovida da artificialidade da personagem que Lady Gaga criou para a sua trajectória musical e isso é, sem dúvida, uma agradável surpresa. Nunca conseguimos esquecer quem temos diante de nós e, talvez por isso, as cenas dos concertos são as que têm uma autenticidade e fulgor ainda maiores que as restantes. E depois, vê-la e ouvi-la cantar é por si só um espectáculo. Enfim, acho que é um filme que vale a pena ver. Eu gostei muito!
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