Quando eu era pequena, as tatuagens não estavam na moda. Só alguns "chungas" as usavam e eram quase todas iguais: em forma de coração, e com uma inscrição que dizia "amor de Mãe - Angola - 1970".
E por que me lembro disto agora? Por causa do último filme que vi, que é um magnífico exemplo de quanto pode o amor materno.
Ben is back é um filme que trata disso mesmo; é um daqueles filmes que recebemos como uma espécie de "murro no estômago", mas nos envolvem na angústia vivida por todas as personagens naquelas pouco mais de 24 horas que constituem o tempo da narrativa, e nos fazem entender com clareza como pode ser dramática a realidade da dependência para quem a vive por dentro, mas também nos efeitos colaterais para todos os que a vivem de fora, ainda que de perto.
Julia Roberts, que, quanto a mim, tem vindo a melhorar com o tempo, tem aqui um dos seus mais brilhantes e convincentes papéis, no qual está muito bem acompanhada por Lucas Edges - o filho do realizador (Peter Edges) -, que não lhe fica, de modo algum, atrás. E é pela qualidade das suas interpretações enquanto protagonistas deste drama familiar que o filme assume maior intensidade e realismo e, por isso mesmo nos toca, apesar da dureza do seu conteúdo.
Mas para lá de tudo isto, o que aqui verdadeiramente me impressionou foi esse exemplo da grandeza e generosidade infinitas de que só uma mãe é capaz, mesmo quando sente que nem isso chega. Que nunca desiste de lutar, nunca perde a coragem de acreditar, até quando tudo e todos parecem dizer o contrário. E é nos olhos de Julia Roberts (ou de Holly Burns, a personagem), mais do que nas suas palavras, que vemos a inquietação e esperança que são a sua força e a sua humanidade, que lhe dão profundidade e nos emocionam. A ver, pois claro! ...
É pois um pouco por tudo isto que eu, que continuo a ser visceralmente contra tatuagens, acho, também, que só aquelas antigas dos "chungas" sobre o "amor de mãe" se justificam.
Ben is back é um filme que trata disso mesmo; é um daqueles filmes que recebemos como uma espécie de "murro no estômago", mas nos envolvem na angústia vivida por todas as personagens naquelas pouco mais de 24 horas que constituem o tempo da narrativa, e nos fazem entender com clareza como pode ser dramática a realidade da dependência para quem a vive por dentro, mas também nos efeitos colaterais para todos os que a vivem de fora, ainda que de perto.
Julia Roberts, que, quanto a mim, tem vindo a melhorar com o tempo, tem aqui um dos seus mais brilhantes e convincentes papéis, no qual está muito bem acompanhada por Lucas Edges - o filho do realizador (Peter Edges) -, que não lhe fica, de modo algum, atrás. E é pela qualidade das suas interpretações enquanto protagonistas deste drama familiar que o filme assume maior intensidade e realismo e, por isso mesmo nos toca, apesar da dureza do seu conteúdo.
Mas para lá de tudo isto, o que aqui verdadeiramente me impressionou foi esse exemplo da grandeza e generosidade infinitas de que só uma mãe é capaz, mesmo quando sente que nem isso chega. Que nunca desiste de lutar, nunca perde a coragem de acreditar, até quando tudo e todos parecem dizer o contrário. E é nos olhos de Julia Roberts (ou de Holly Burns, a personagem), mais do que nas suas palavras, que vemos a inquietação e esperança que são a sua força e a sua humanidade, que lhe dão profundidade e nos emocionam. A ver, pois claro! ...
É pois um pouco por tudo isto que eu, que continuo a ser visceralmente contra tatuagens, acho, também, que só aquelas antigas dos "chungas" sobre o "amor de mãe" se justificam.
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