"Antes do anoitecer" (Before sunset, no original) é sem dúvida um dos meus filmes preferidos. Mas a história que conta é a continuação de uma outra, iniciada nove anos antes, em 1995, noutro filme, "Antes do amanhecer" (Before sunrise), em que as mesmas personagens, Jesse e Céline, interpretadas pelos mesmos actores (Ethan Hawke e Julie Delpy) se conhecem num comboio e decidem passar em conjunto, em Viena, as 14 horas que lhes restam antes de, no dia seguinte, regressarem aos lugares a que pertencem: Nova Iorque e Paris. Durante esse curto tempo em que estão juntos, partilham as ansiedades e os sonhos próprios de quem tem vinte anos e acredita que tudo está ainda para acontecer. Entre os dois nasce uma imediata, profunda e duradoura ligação, como tantas vezes acontece na vida. No fim, separam-se para cada um seguir o seu caminho, com a promessa de um reencontro daí a seis meses.
Mas, na verdade, só voltarão a ver-se nove anos depois, em 2004. E é essa a história do filme "Antes do anoitecer". Um dos seus encantos reside precisamente no facto de o tempo da história e da narrativa coincidirem. As personagens estão nove anos sem se ver, que é, também, o tempo que separa os dois filmes.
Jesse, que se tornara entretanto um famoso escritor norte-americano, resolve transferir para a ficção a memória marcante do encontro antigo de Viena, fazendo do livro um best-seller. No momento do seu lançamento em Paris, reencontra Céline, num daqueles acasos que, em geral, só acontecem no cinema. E então, durante setenta e sete minutos, que é o tempo que têm para estar juntos e é, também, o que dura o filme, nós acompanhamos em tempo real a história dos seus passeios por Paris e das suas conversas amadurecidas pela passagem do tempo e pela vida, em diálogos que falam de tudo: da globalização, das relações entre as pessoas, das suas vidas, de memórias e de arrependimentos, do que deixaram por fazer e por viver. Assim, redescobrindo e reavivando o que os une, voltam a reaproximar-se, numa encantadora alternância entre palavras e silêncios, entre o desejo sempre latente e a sua concretização, tendo como cenário essa cidade mágica e luminosa onde o amor apetece mais, enfatizando a ideia de que o que é mesmo importante demora a acontecer.
E é tudo isto que torna o filme tão tocante. No fundo Jesse e Céline são um pouco cada um de nós, porque, com as devidas distâncias, há qualquer coisa nestas personagens que já alguma vez sentimos ou vivemos. É um filme de amor, de desejo contido e ao mesmo tempo iminente, sem qualquer cena de sexo ou, sequer, um beijo apaixonado; e, no entanto, profundamente sensual, que, de fim em aberto, deixa no ar um imenso "e se...?", como uma promessa de felicidade adiada.
Mas, na verdade, só voltarão a ver-se nove anos depois, em 2004. E é essa a história do filme "Antes do anoitecer". Um dos seus encantos reside precisamente no facto de o tempo da história e da narrativa coincidirem. As personagens estão nove anos sem se ver, que é, também, o tempo que separa os dois filmes.
Jesse, que se tornara entretanto um famoso escritor norte-americano, resolve transferir para a ficção a memória marcante do encontro antigo de Viena, fazendo do livro um best-seller. No momento do seu lançamento em Paris, reencontra Céline, num daqueles acasos que, em geral, só acontecem no cinema. E então, durante setenta e sete minutos, que é o tempo que têm para estar juntos e é, também, o que dura o filme, nós acompanhamos em tempo real a história dos seus passeios por Paris e das suas conversas amadurecidas pela passagem do tempo e pela vida, em diálogos que falam de tudo: da globalização, das relações entre as pessoas, das suas vidas, de memórias e de arrependimentos, do que deixaram por fazer e por viver. Assim, redescobrindo e reavivando o que os une, voltam a reaproximar-se, numa encantadora alternância entre palavras e silêncios, entre o desejo sempre latente e a sua concretização, tendo como cenário essa cidade mágica e luminosa onde o amor apetece mais, enfatizando a ideia de que o que é mesmo importante demora a acontecer.
E é tudo isto que torna o filme tão tocante. No fundo Jesse e Céline são um pouco cada um de nós, porque, com as devidas distâncias, há qualquer coisa nestas personagens que já alguma vez sentimos ou vivemos. É um filme de amor, de desejo contido e ao mesmo tempo iminente, sem qualquer cena de sexo ou, sequer, um beijo apaixonado; e, no entanto, profundamente sensual, que, de fim em aberto, deixa no ar um imenso "e se...?", como uma promessa de felicidade adiada.
Decorridos mais nove anos, a trilogia completa-se agora com "Antes da meia-noite" (Before Midnight), cuja estreia está prevista para este ano. Para mim é, naturalmente, a estreia cinematográfica mais aguardada de 2013.
Dantes mostrava o primerio filme aos meus alunos e eles especulavam sobre o que poderia acontecer. É um filme muito bom para didactizar e por isso incluimo-lo no nosso novo projecto. A continuação também é interessante....é um filme com muito diálogo e bons actores. Simples e romântico.
ResponderEliminarSó o vi em vídeo....
Bom fim de semana!
Eu gosto mais do segundo, claramente!
EliminarBom fim de semana também.
Beijinho