Já o disse, eu sei, mas vou repetir: gosto muito de ter nascido neste mês da Primavera. E gosto de ter nascido no dia sete, um número mágico, perfeito e poderoso. Não será por acaso que existem sete cores do arco-íris, sete notas musicais, sete artes, sete dias da semana, sete pecados capitais e tantas outras sete coisas, que fazem deste (meu) número um número místico e especial.
O sétimo dia é de certo modo sagrado e, para mim, isso explica, talvez, o facto de me sentir tão abençoada. Segundo o livro dos Génesis, Deus criou o mundo e descansou ao sétimo dia. Diz-se que, juntando o três (associado ao céu por causa da divina trindade, número da perfeição, com princípio, meio e fim) e o quatro (que estaria associado à Terra, com os seus quatro elementos), o sete seria a união do espírito e da matéria, da alma e do corpo, do céu e da terra.
Não importa! Hoje, dia 7 de Março, é o meu dia. Isso chega (me). Há pessoas que não gostam nada de fazer anos. Mas há, também, as que adoram. E eu pertenço a este segundo grupo. Sinto-me feliz por ter nascido, acho a vida uma maravilhosa dádiva de amor e tenho sempre vontade de celebrar com alegria a minha chegada e o caminho percorrido. Não tenho nada de que me queixar. Olho para trás e sinto-me satisfeita. Voltaria a fazer tudo exactamente da mesma maneira? Se calhar não; mas estou certa de ter feito o que me pareceu melhor em cada momento. Os erros são inevitáveis e necessários para aprender, para crescer, para ir querendo fazer mais e melhor. A dor também. E pode até coexitir com o prazer (diziam-me outro dia - e é verdade!...)
E depois, a idade não me pesa; e até vai variando, consoante os dias. Às vezes, na cabeça, ainda tenho vinte anos, noutros dias volto a ter quinze, ou dezoito, ou trinta, ou seja o que for, mas com o valor acrescentado de tudo o que aprendi até agora e que a experiência me foi dando em sabedoria e serenidade. E isso é mil vezes mais importante do que o que diz o bilhete de identidade. Porque, na verdade, todas as idades têm o seu encanto. Não me incomodam as rugas, que são a marca do que já vivi. E o que se ganha é talvez ainda maior e melhor do que o que se perde. É que, com o tempo, vai desaparecendo a inocência e a frescura, mas aprende-se a dar mais valor ao que realmente importa, a saborear a vida mais devagar, a aproveitar melhor cada momento de felicidade, a perder as vergonhas, a assumir desejos, emoções e vontades, a lidar melhor com o que somos, a aceitar as nossas fragilidades, a ser mais genuinamente nós e a viver em maior plenitude.
Tenho, pois, muitos motivos para festejar. Mas, as pessoas que me conhecem sabem que, apesar de gostar muito de fazer anos, eu dispenso os rituais do costume; e poupam-me aquela parte absolutamente patética do bolo de velas e do "parabéns a você", que é talvez a música que eu mais detesto. Felizmente, ninguém ma canta. Gosto do requinte e da magia das velas, mas noutros momentos e situações. Nos meus anos, não há cá "cantam as nossas almas", nem "nesta data querida uma salva de palmas", mas apenas o que verdadeiramente me importa: os mimos, a companhia e o afecto das pessoas de quem gosto.
Os festejos querem-se assim em grande e em bom, estendendo-se por vários dias, que não se devem misturar as pessoas nem as coisas e a minha vida são muitas vidas.
Por isso, estão todos convidados: hoje, o champagne é por minha conta. Brindemos à vida: à nossa, pois então. Tchim! Tchim!...
O sétimo dia é de certo modo sagrado e, para mim, isso explica, talvez, o facto de me sentir tão abençoada. Segundo o livro dos Génesis, Deus criou o mundo e descansou ao sétimo dia. Diz-se que, juntando o três (associado ao céu por causa da divina trindade, número da perfeição, com princípio, meio e fim) e o quatro (que estaria associado à Terra, com os seus quatro elementos), o sete seria a união do espírito e da matéria, da alma e do corpo, do céu e da terra.
Não importa! Hoje, dia 7 de Março, é o meu dia. Isso chega (me). Há pessoas que não gostam nada de fazer anos. Mas há, também, as que adoram. E eu pertenço a este segundo grupo. Sinto-me feliz por ter nascido, acho a vida uma maravilhosa dádiva de amor e tenho sempre vontade de celebrar com alegria a minha chegada e o caminho percorrido. Não tenho nada de que me queixar. Olho para trás e sinto-me satisfeita. Voltaria a fazer tudo exactamente da mesma maneira? Se calhar não; mas estou certa de ter feito o que me pareceu melhor em cada momento. Os erros são inevitáveis e necessários para aprender, para crescer, para ir querendo fazer mais e melhor. A dor também. E pode até coexitir com o prazer (diziam-me outro dia - e é verdade!...)
E depois, a idade não me pesa; e até vai variando, consoante os dias. Às vezes, na cabeça, ainda tenho vinte anos, noutros dias volto a ter quinze, ou dezoito, ou trinta, ou seja o que for, mas com o valor acrescentado de tudo o que aprendi até agora e que a experiência me foi dando em sabedoria e serenidade. E isso é mil vezes mais importante do que o que diz o bilhete de identidade. Porque, na verdade, todas as idades têm o seu encanto. Não me incomodam as rugas, que são a marca do que já vivi. E o que se ganha é talvez ainda maior e melhor do que o que se perde. É que, com o tempo, vai desaparecendo a inocência e a frescura, mas aprende-se a dar mais valor ao que realmente importa, a saborear a vida mais devagar, a aproveitar melhor cada momento de felicidade, a perder as vergonhas, a assumir desejos, emoções e vontades, a lidar melhor com o que somos, a aceitar as nossas fragilidades, a ser mais genuinamente nós e a viver em maior plenitude.
Tenho, pois, muitos motivos para festejar. Mas, as pessoas que me conhecem sabem que, apesar de gostar muito de fazer anos, eu dispenso os rituais do costume; e poupam-me aquela parte absolutamente patética do bolo de velas e do "parabéns a você", que é talvez a música que eu mais detesto. Felizmente, ninguém ma canta. Gosto do requinte e da magia das velas, mas noutros momentos e situações. Nos meus anos, não há cá "cantam as nossas almas", nem "nesta data querida uma salva de palmas", mas apenas o que verdadeiramente me importa: os mimos, a companhia e o afecto das pessoas de quem gosto.
Os festejos querem-se assim em grande e em bom, estendendo-se por vários dias, que não se devem misturar as pessoas nem as coisas e a minha vida são muitas vidas.
Por isso, estão todos convidados: hoje, o champagne é por minha conta. Brindemos à vida: à nossa, pois então. Tchim! Tchim!...
7 vezes parabéns portanto.
ResponderEliminarObrigada Sérgio!
EliminarBeijinho ;)
Isabel
É assim, é...o nosso dia deve ser celebrado como queremos e não como os outros desejam!
ResponderEliminarSempre fiz assim....posso dizer-lhe que no dia em que fiz 60 anos arranjei um bolo e fui ao infantário do meu liceu, onde andava o meu netinho de 3 anos, festejando com as educadoras e meninos as minhas primaveras....ele ficou radiante, só batia palminhas e ria!!
Envelhecer não é nada bom, mas viver é!!
Um grande dia e muitas mais celebrações à VIDA!
Virgínia
Obrigada Virgínia! Está a ser um dia fantástico, apesar de não completamente primaveril.
EliminarMas são os amigos maravilhosos que tenho que me deixam assim feliz. E isso vale tudo. ;)
Agradeço-lhe por isso, também o seu contributo.
Um grande beijinho mesmo!
Isabel
Primeiro, beijinho de parabéns pelo seu aniversário e muitas felicidades!
ResponderEliminarDepois, adorei o texto. Ler o que escreve, muitas das vezes, é o que sinto. Não sei se passou a ser "clichê", mas costumo dizer que acrescento vida aos anos e não anos à vida.
Resto de dia 7 muito feliz!
Madalena Amaral.
Muito obrigada, Madalena! Pois eu acrescento anos à vida, vida aos anos e amigos ao coração. A blogosfera tem sido uma maravilhosa descoberta ;)
EliminarBeijinho
Isabel
Parabéns à Peixinha :) Muita sensibilidade e criatividade. Bjs e que venham muitos e muitos e muito muito bons *
ResponderEliminarMuito obrigada! Uma peixinha tal e qual, com tudo o que isso implica ;)
EliminarGrande beijinho Faty! *