Do mesmo realizador de "O Fabuloso Destino de Amélie", Jean-Pierre Jeunet, e fazendo com que nos lembremos disso em muitos momentos, "O jovem prodígio T. S. Spivet" é um dos mais interessantes filmes que vi nos últimos tempos.
O argumento, da autoria de Jeunet e Guillaume Laurant, é uma adaptação do romance "The Selected Works of T.S. Spivet", de Reif Larsen, e conta no elenco com Helena Bonham Carter, apesar de ter na presença do estreante Kyle Catlett a sua maior estrela, que contribui grandemente para fazer do filme o que ele é: uma espécie de "road movie" cheio de humor, de ternura e de um encanto quase poético, que tem como protagonista uma criança prodígio, de dez anos, que vai sozinha de Montana a Washington DC para receber um prémio pela sua invenção científica. Mas trata também de solidão e de culpa, da complexidade do luto e dos laços familiares, à mistura com imagens lindíssimas e outras bem mais extravagantes, associadas a efeitos especiais mais ou menos típicos dos filmes de Jeunet.
Curiosamente, trata-se de um filme de 2013, uma co-produção canadiana, francesa e australiana, que chega até nós dois anos depois por problemas relacionados com a distribuição, os quais não importam muito para o caso. É que, seja como for, este é um filme que vale a pena ver.
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