É conhecido o meu amor pelas cidades, às quais sou capaz de me ligar com dedicação e afecto, como faço com as pessoas. Gosto dos seus cheiros, luzes e cores, do traçado mais ou menos labiríntico das ruas, da calma e do movimento, de observar quem passa, das tonalidades que marcam as várias horas do dia e da noite, de adivinhar como será viver nelas. Gosto de deixar que me seduzam devagar, em interminável namoro, que a cada vez me traz a familiaridade do que já se conhece e o espanto do que é capaz de continuar a surpreender-nos.
E, como no amor, delicio-me a contemplá-las, deixo-me arrebatar sem dar pelo tempo passar e sento-me em silêncio muitas vezes, como quem se abriga num colo conhecido, deixando-me envolver pela serenidade desse doce encantamento.
É por isso que, com excepção do mar, que me tranquiliza e atrai, não necessito da natureza em estado puro para descansar, ou reconfortar-me.
Há em todas as cidades que eu amo pequenos redutos de silêncio e sossego onde me refugio para me perder, para me encontrar, ou simplesmente ficar, sem pensar em coisa nenhuma, em momentos que depois gravo na memória para horas de desgosto, desencanto, aflição. Podem chamar-se Jardim da Estrela ou Príncipe Real, Place des Vosges ou Luxembourg, Parque Maria Luísa ou Retiro, Vondelpark ou Tiergarten, Minnewater ou Begijnhof; mas para lá das particularidades de cada um, que os tornam únicos e especiais, todos me enchem de uma satisfação interior que dá um novo alento aos meus dias.
E, como no amor, delicio-me a contemplá-las, deixo-me arrebatar sem dar pelo tempo passar e sento-me em silêncio muitas vezes, como quem se abriga num colo conhecido, deixando-me envolver pela serenidade desse doce encantamento.
É por isso que, com excepção do mar, que me tranquiliza e atrai, não necessito da natureza em estado puro para descansar, ou reconfortar-me.
Há em todas as cidades que eu amo pequenos redutos de silêncio e sossego onde me refugio para me perder, para me encontrar, ou simplesmente ficar, sem pensar em coisa nenhuma, em momentos que depois gravo na memória para horas de desgosto, desencanto, aflição. Podem chamar-se Jardim da Estrela ou Príncipe Real, Place des Vosges ou Luxembourg, Parque Maria Luísa ou Retiro, Vondelpark ou Tiergarten, Minnewater ou Begijnhof; mas para lá das particularidades de cada um, que os tornam únicos e especiais, todos me enchem de uma satisfação interior que dá um novo alento aos meus dias.
A "minha" cidade de Lisboa, é aquela onde gosto de estar !!!
ResponderEliminarJardim da Estrela e Príncipe Real são lugares maravilhosos da "minha" cidade, aquela que eu amo, que me viu nascer, crescer e que espero me veja morrer. Na realidade todas as cidades têm o seu encanto, o seu silêncio pessoal. Bonito texto e fotos !
Obrigada. Também eu tenho por Lisboa um amor inigualável, porque é a cidade onde nasci, onde sempre vivi e onde sempre quero estar.
EliminarMas tenho outros amores, em especial Paris e Sevilha, relativamente às quais tenho um sentimento de pertença que não posso explicar, onde consigo sentir-me de certo modo "em casa" e onde preciso de voltar muitas vezes.