É uma hábito de há muito: de vez em quando gosto de seguir à deriva pelas ruas da minha cidade, olhando-a como se a visse pela primeira vez. Encontro sempre nestes passeios um pormenor qualquer que nunca vira antes, uma luz diferente, uma mudança, um sítio novo. São momentos de encontro comigo e com os meus lugares, de pacificação e sossego interior, de refúgio e de silêncio, de deixar que apenas os olhos tomem conta de tudo, em contemplativa rendição, entre o espanto e o aconchego, sem lugar a muitos pensamentos.
Com o tempo, Lisboa modificou-se, modernizou-se e ficou na moda. Passear por onde antes havia pouco mais que solidão e quietude é agora uma bizarra aventura para a qual há que estar preparado. Porque a cidade já não é a mesma: continua magnífica de esplendor, graça e luz, mas tornou-se em certas zonas insuportavelmente movimentada e barulhenta. Misturo-me com as hordas de turistas que a invadem nos lugares e horas mais impróprios e confesso que às vezes me diverte que me julguem italiana ou espanhola, ou que gente que conhece Lisboa certamente bem menos e pior que eu se ponha a dar-me lições que eu não peço com os seus This is Alfama... e outras considerações do género.
Mas se é verdade que já não posso sentar-me tranquila junto ao Cais das Colunas ou no Miradouro da Senhora do Monte, que se quero tomar grandes ou pequenas resoluções, pensar e decidir, ou simplesmente sonhar e deleitar-me com a brisa da tarde nos cabelos ou o sol a arder-me no corpo tenho que procurar como e por onde fugir à multidão, também é verdade que conheço esta cidade como me conheço a mim, que ela continua a ser este lugar com uma aura especial, que me pertence e onde eu também pertenço e me sinto feliz.
Com o tempo, Lisboa modificou-se, modernizou-se e ficou na moda. Passear por onde antes havia pouco mais que solidão e quietude é agora uma bizarra aventura para a qual há que estar preparado. Porque a cidade já não é a mesma: continua magnífica de esplendor, graça e luz, mas tornou-se em certas zonas insuportavelmente movimentada e barulhenta. Misturo-me com as hordas de turistas que a invadem nos lugares e horas mais impróprios e confesso que às vezes me diverte que me julguem italiana ou espanhola, ou que gente que conhece Lisboa certamente bem menos e pior que eu se ponha a dar-me lições que eu não peço com os seus This is Alfama... e outras considerações do género.
Mas se é verdade que já não posso sentar-me tranquila junto ao Cais das Colunas ou no Miradouro da Senhora do Monte, que se quero tomar grandes ou pequenas resoluções, pensar e decidir, ou simplesmente sonhar e deleitar-me com a brisa da tarde nos cabelos ou o sol a arder-me no corpo tenho que procurar como e por onde fugir à multidão, também é verdade que conheço esta cidade como me conheço a mim, que ela continua a ser este lugar com uma aura especial, que me pertence e onde eu também pertenço e me sinto feliz.
Cais das Colunas, tenho um post no meu blogue agora sobre e o miradouro da Senhora do Monte, andei por lá há pouco tempo, a fotografar, com máquina, mais pesada ! :)
ResponderEliminarNuma das minhas passagens recentes por Lisboa, numa estação de metro, tive o prazer de a ver, e como já a sigo algum tempo achei giro, e disse para comigo,"olha a Isabel" sorri e continuei...
ResponderEliminarQue pena não me ter falado. Eu ia gostar de a conhecer ao vivo... :)
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