quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Férias das férias


Quando acabam as férias, volta o quotidiano mais ou menos rotineiro: o dia quase todo à frente do computador, entre horários, correrias, transportes, mails, telefonemas, processos e a gestão apressada das obrigações habituais, das contas a pagar, da roupa, das compras no supermercado, das responsabilidades de filha dedicada, do tempo e espaço dos afectos, sempre a parecer poucochinho, e apenas com o fim de semana como uma espécie oásis no horizonte.
Parar é bom. Mudar de ares e descansar os olhos noutros lugares, encher a alma de ar livre, de sol e do colorido triste e poético do Outono, deixar-se levar pela luz sobre a água de uma cidade qualquer, daquelas que nos apaixonam e onde sabe sempre bem regressar, é das melhores sensações da vida.
É difícil explicar o fascínio  dessa lenta descoberta dos lugares, como das pessoas, do encanto que cresce devagar, que se vai tornando conforto e  apego, que nos enche de tranquilidade e de paz.
Volta-se das férias renovado, claro, mas não exactamente descansado. O que eu precisava agora, depois destes intensíssimos dias em Paris, era de umas férias... 
Mas já vem aí o fim de semana!

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