É uma referência na música portuguesa, mas é também, mais que tudo, uma referência para mim.
O grupo formou-se em Sagres, no dia 4 de Agosto de 1976, segundo reza a história, e durou até 1991. Porém, na verdade, a magia dura até hoje. Não os acompanhei desde o início, porque só em 83 os vi ao vivo pela primeira vez e me rendi. Há trinta anos que as canções do Trovante me acompanham. Sei-as de cor, quase todas, e cada uma delas me traz muitas memórias do que fui vivendo nestes anos, que são bem mais de metade da minha vida.
Se me pedissem para escolher as músicas que mais me marcaram, certamente muitas canções do Trovante fariam parte da lista. Lá estariam Perdidamente e Saudade, Memórias de um Beijo e Lisboa, a Travessa do Poço dos Negros, o Namoro e a Esplanada. E a Xácara e a Molinera e a Balada das sete saias. E 125 Azul. E todas as outras...
No fundo, o que sinto é que crescemos juntos. E, por isso, hoje que é "dia de festa", tenho que agradecer ao Luís e ao João, ao Manel e ao Artur, ao Fernando, aos Zés (Salgueiro e Martins), e ao João Nuno também, todos os arrebatamentos e todos os sonhos, todas as lágrimas, sorrisos e abraços, todos os arrepios e suspiros de amor vividos ao som destas canções, que sempre me embalaram as paixões e os desgostos e que agora já são minhas também; agradecer-lhes porque a música do Trovante trouxe mais luz, alegria e emoção à minha vida, porque com ela fui mais feliz, porque entendi melhor o que é ter fome e ter sede de infinito, porque fizeram os (meus) dias assim...
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