Grande parte de que há de mais excitante no prazer é também o que o antecede e se vive por antecipação, na cabeça, no coração ou no corpo todo, antes mesmo de ele se tornar plenitude absoluta.
E isto vale para todos os prazeres imagináveis - do mais grandioso e avassalador ao mais insignificante -, porque todos são afinal fonte satisfação e de bem-estar.
Lembro-me de coisas muito simples: do prazer de chegar a casa, largar os saltos altos e trocar de roupa; do primeiro contacto com a água no banho matinal; de estender-se no sofá para entregar-se à preguiça. E de outras, também: de um toque que provoca um arrepio; do afago de uma mão a despertar vontades; de uma meiguice sussurrada ao ouvido; de um beijo que se pressente tanto quanto se deseja.
Há uma singularidade muito própria nos instantes que antecedem estes momentos, quando já se sabe que o que se espera está mesmo a chegar e se começa a supor o gozo do que vem depois, numa antevisão que é já o princípio do prazer.
E por isso não é raro querer também prolongar esse tempo prévio, anterior ao acontecer, e retardá-lo até um pouco, para ampliar o deleite.
Há uma singularidade muito própria nos instantes que antecedem estes momentos, quando já se sabe que o que se espera está mesmo a chegar e se começa a supor o gozo do que vem depois, numa antevisão que é já o princípio do prazer.
E por isso não é raro querer também prolongar esse tempo prévio, anterior ao acontecer, e retardá-lo até um pouco, para ampliar o deleite.
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