Durante algum tempo, andei a ganhar coragem para ir ver este filme. Fui hoje. É um filme duro, mas que vale a pena ver. Pelas extraordinárias interpretações de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, por Isabelle Huppert, ou até pela pequena participação de Rita Blanco. Mas, acima de tudo, porque nos mostra um lado do amor que não é o que estamos habituados a ver. Porque fala do que há nele de mais inexplicável e desconcertante. E, também, porque nos deixa desconfortáveis, porque põe a nu muita coisa em que normalmente evitamos pensar, por medo, cobardia, ou seja lá o que for.
Deixo aqui um excerto do texto sobre o filme, escrito por Teresa Ribeiro no Delito de Opinião, ao qual cheguei através da minha querida Helena Sacadura Cabral que, há cerca de um mês, o publicou também no seu blog.
Este é, talvez, um dos grandes filmes do ano. Digo eu...
Em "Amor", Michael Haneke mostra-nos o que acontece às pessoas que perdem o nome. (...). Neste filme, Haneke também nos obriga à visualização compulsiva da obscenidade que é a perda da autonomia e da dignidade na velhice através do desempenho magistral de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Mas a prova mais difícil de "Amor" tem como figura chave a personagem de Isabelle Huppert, que interpreta a filha do casal idoso. Em entrevista recente o realizador austríaco disse que ficou emocionado quando Huppert aceitou este papel, por ser tão pequeno. De facto são escassas as cenas em que a actriz aparece, mas a sua ausência é parte fundamental do enredo. Huppert somos nós. A indisponibilidade, o egoísmo, a imaturidade, a cobardia e a negação são nossas. E quando já de luto se senta sozinha na casa dos pais, é em nós que se instala o vazio.
Em poucas sessões tenho visto a plateia de uma sala de cinema permanecer sentada, em silêncio, até que as luzes se acendem e a ficha técnica chega ao fim. Não por acaso foi o que aconteceu quando fui ver este "Amor" implacável, inesquecível, de Haneke (...) o filme mais premiado no Prémios do Cinema Europeu 2012, distinguido com os galardões de melhor filme europeu, melhor actor e melhor actriz e também vencedor da Palma de Ouro em Cannes, na edição deste ano. A não perder.
Ainda não tive coragem para ir ver....com a minha disposição actual talvez não seja muito aconselhável, atnto mais que adorava o Trintignant em jovem...faz-m impressão vê-lo envelhecer:
ResponderEliminarBom Domingo!
O filme é como "um murro no estômago"... Mas, também por isso, é imperdível.
EliminarO Domingo está no fim. Bom resto de Domingo e boa semana.
Beijinho
Vou seguir o conselho!!!
ResponderEliminarBoa semana****
http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/
Obrigada Vânia! Boa semana também para si!
EliminarBeijinho
Isabel Mouzinho
No meu grupo mais restrito de amigos, só eu ainda não fui ver. E nem sei se irei... já sei muito do filme, que dizem categoricamente excelente. Muito provavelmente vejo em DVD.
ResponderEliminarBjos
No cinema, ou em DVD, este é um daqueles filmes que não se deve perder.
EliminarEu prefiro no cinema, sempre!
Beijinho :))
Isabel
Obrigada pela sugestão!!
ResponderEliminarGostava de ver, vou tentar...
Bjo e boa semana :)
Vale a pena!
EliminarObrigada Maria Vitória. Boa semana para si!
Beijinho
Isabel Mouzinho