quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Falar em público


Termina hoje o curso da Faculdade de Letras e, ao fim da tarde, vou ter que apresentar o trabalho. Quantas vezes na vida já me vi neste tipo de situação? Foram tantas que nem sei...
Há muito tempo atrás, quando era criança e mesmo adolescente, era francamente tímida. Mas, na verdade, por força da minha profissão e de tantas outras coisas por que passei, aprendi a perder toda a espécie de vergonhas, ou pelo menos sei como ocultá-las e não tenho, agora, problema algum em falar em público.
Aliás, se por acaso ouso dizer: "Eu sou tímida", ouço repostas que variam entre a gargalhada imediata e expressões como: "És, és! É o que tu és mais!..." Apenas as pessoas que me conhecem mesmo muito  bem conseguem concordar que conservo ainda uns restos dos embaraços e acanhamentos de outrora.
De facto, habituada a estar dias inteiros diante de turmas mais ou menos numerosas e a ser observada com o rigor crítico de quem não deixa escapar o mais pequeno detalhe; ou depois de anos a coordenar o Departamento de Línguas, constituído por cerca de trinta indisciplinadas professoras verdadeiramente dífíceis de aturar, tomar a palavra diante de desconhecidos já não me causa grande nervosismo, nem ansiedade.
E, no entanto, não me apetece nada ter de passar hoje por esta prova. Talvez porque o meu lado mais perfeccionista me impede de me sentir absolutamente satisfeita com o trabalho, que a falta de tempo não me permitiu aprofundar como eu gostaria. Mas lá terá que ser... E tenho a certeza que, como sempre, apesar da falta de vontade, quando chegar a hora, farei o melhor que posso e sei.
Ainda assim prefiro os grupos mais restritos, considero-me uma óptima ouvinte, admiro os que têm o dom da palavra e são excelentes comunicadores.
E o que eu adoro mesmo e não dispenso, por nada, é uma boa conversa a dois. Em privado, portanto!...

6 comentários:

  1. Sempre gostei de falar em público, sobretudo depois de ter subido ao posto de presidente da JECF no tempo em que a Helena Roseta e eu éramos "capangas" no Mª Amália! Falava com uma enorme facilidade nas orais e fiz mais de 50 sessões para profs nas escolas e na APPI. Adorava aquela sensação e adrenalina das audiências....ainda que ficasse nervosa antes e depois:))

    Agora evito a exposição, prefiro ouvir a falar muito....e tb gostaria de conversas a dois, se as tivesse.

    Tão difícil que é encontrar alguém com tempo para conversar....

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    1. Eu tenho sempre tempo para conversar. Quando quiser conversar comigo, esteja à vontade.É só dizer. O chat do gmail, por exemplo, é muito tranquilo ;)

      Beijinho

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  2. Gosto de falar em público, de ser ouvido e de ser interpelado, não interesssa. Gosto de diálogos dinâmicos, de piadinhas inteligentes e subtis. Não resisto. Espero que tenha corrido tudo bem.

    Beijinhos :)

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    1. Sim, Paulo correu bem, obrigada, apesar de eu me ter sentido nervosa como uma principiante (que não sou...)
      eheheh

      Beijinhos também. Muitos! :)

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