Em certos dias, na serena inquietação entre o que se deseja e se teme com idêntica intensidade, hesitando entre atrevimentos e esperas, é impossível não sonhar com zês marcados no decote, heróis de capa e espada como metáfora de enredos por cumprir, distâncias a esbater, dúvidas subitamente dissipadas, revelações feitas de olhos nos olhos e defesas deitadas por terra ao primeiro olhar.
Depois, na subtileza dos silêncios, aprender a conciliar o mistério que incendeia a vontade e o respeito pelo tempo e o espaço alheios, conseguir sossegar o coração, que bate às vezes descompassado, na ânsia de desfazer pontos de interrogação; e deixar, apenas, as palavras e o tempo fluir.
É que, tantas vezes, em percursos que se cruzam, se afastam, ou apenas se tocam ao de leve, o desejo de ser livre coexiste, inevitavelmente, com afectos que trazemos atados ao peito, porque, como tão bem diz Helena Sacadura Cabral, "há pessoas de quem gostamos mesmo antes de as encontrarmos"...
Depois, na subtileza dos silêncios, aprender a conciliar o mistério que incendeia a vontade e o respeito pelo tempo e o espaço alheios, conseguir sossegar o coração, que bate às vezes descompassado, na ânsia de desfazer pontos de interrogação; e deixar, apenas, as palavras e o tempo fluir.
É que, tantas vezes, em percursos que se cruzam, se afastam, ou apenas se tocam ao de leve, o desejo de ser livre coexiste, inevitavelmente, com afectos que trazemos atados ao peito, porque, como tão bem diz Helena Sacadura Cabral, "há pessoas de quem gostamos mesmo antes de as encontrarmos"...
Nisto dos amores, sou muito mais pragmático. Se o avisto, irrompe-se-me a pergunta (em jeito impositivo) : «Vamos...?». A vida é curta e precária para mitificações. Bons Amores! :)
ResponderEliminarSim Paulo, claro, mas, mitificações à parte,há sempre momentos de hesitação, por curtos que sejam; sei lá...
EliminarBeijinho :)
boa noite. Peço desculpa por me intrometer mas tem-me faltado a coragem para dar a minha opinião. Hoje sinto-me com coragem. Concordo com o Paulo..o não vivermos os amores faz-nos não viver!
EliminarOs homens são pragmáticos mas as mulheres também o começam a ser, depois de décadas submissas e oprimidas!
Gostei muito de ler as palavras deste blogue. obrigado pela partilha.
Estamos todos de acordo, no fundo, Ana. Não se trata de "não viver amores". Trata-se tão somente daqueles momentos de hesitação, que podem até ser segundos.
EliminarObrigada também e dê a sua opinião sempre que lhe apetecer. Não é preciso coragem. Só vontade ;)
Bem-vinda pois!
Isabel Mouzinho