Ainda na sequência do curso "Mãos que constroem sonhos", sobre Mário Dionísio e o Neo-Realismo, de que já falei aqui, conheci este fim de semana A Casa da Achada.
Situada na Lisboa mais típica, entre a Mouraria e o Castelo, mesmo por trás da Igreja de São Cristóvão, esta Casa, também designada Centro Mário Dionísio, reúne todo o espólio do autor, tanto de pintura como de literatura, o arquivo pessoal e a sua biblioteca privada.
Tal como explica a página da internet (www.centromariodionisio.org), a Casa da Achada foi fundada em Setembro de 2008, por familiares, amigos, ex-alunos e apreciadores da obra de Mário Dionísio, e está aberta ao público desde Setembro de 2009.
Desenvolve uma intensa e diversificada actividade cultural, que inclui ciclos de cinema, exposições, palestras, espectáculos.
Porém, como costuma ser frequente neste país, infelizmente, os apoios estatais, autárquicos, ou quaisquer outros são muito reduzidos, praticamente inexistentes, pelo que A Casa da Achada se vai mantendo e continuando a existir graças aos contributos dos amigos e à força de vontade e empenho da filha, Eduarda Dionísio.
Foi pois um privilégio extraordinário, e também uma emoção, ter podido ontem visitar com ela a exposição que reúne toda a pintura figurativa de Mário Dionísio (intitulada "50 anos de Pintura") e ouvi-la, na sua imensa capacidade comunicativa, explicar cada quadro, contar histórias, falar das relações entre os quadros, e destes com a obra literária, e ainda acompanhar a visita com a leitura de textos do pai.
Foi pois um privilégio extraordinário, e também uma emoção, ter podido ontem visitar com ela a exposição que reúne toda a pintura figurativa de Mário Dionísio (intitulada "50 anos de Pintura") e ouvi-la, na sua imensa capacidade comunicativa, explicar cada quadro, contar histórias, falar das relações entre os quadros, e destes com a obra literária, e ainda acompanhar a visita com a leitura de textos do pai.
Gosto muito, já se sabe, de partilhar as coisas boas. Por isso, aqui fica a sugestão: vale realmente a pena visitar A Casa da Achada, tal como vale a pena conhecer a obra imensa, multifacetada e interessantíssima de Mário Dionísio, que em A Paleta e o Mundo, escreveu isto:
Que raros, na verdade, têm sido os pensadores, os críticos, os políticos, que sabem incluir nos seus planos de acção esta consciência da realidade: é preciso sonhar.
E para quem não conhece mesmo nada da obra, sugiro que se comece, por exemplo, por isto.
(Fotografia de Maria Cristina Guerra)
Também a descobri há uns tempos e até fiz uma postagem sobre o assunto!
ResponderEliminarGosto muito dos bairros antigos e típicos de Lisboa!
Eu gosto de Lisboa toda, dos bairros antigos e não só. Sou "filha" das avenidas Novas, mas os meus avós paternos moravam na Baixa, muito perto da Casa da Achada. Por isso a visita foi ainda mais emocionante...
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