Desconfio sempre um bocadinho dos filmes em cuja tradução do título se perde o essencial do que ele contém em si. É o caso de "O meu nome é Alice" para um original que se denomina Still Alice.
Mas em muitos outros aspectos ele fica aquém do que seria expectável.
É um filme duro, porque a sua temática acaba de alguma maneira por nos dizer respeito a todos. E por isso nos emocionamos ao vê-lo. Não é, no entanto, um grande filme. Falta-lhe ritmo e profundidade. Salva-o a interpretação de Julianne Moore, sempre fantástica, e aqui séria candidata ao Óscar para o qual está nomeada; salvam-no, em particular, algumas cenas como o discurso na Associação de Doentes de Alzheimer e todas aquelas em contracena com Kristen Stewart, que são talvez as mais credíveis.
É um filme duro, porque a sua temática acaba de alguma maneira por nos dizer respeito a todos. E por isso nos emocionamos ao vê-lo. Não é, no entanto, um grande filme. Falta-lhe ritmo e profundidade. Salva-o a interpretação de Julianne Moore, sempre fantástica, e aqui séria candidata ao Óscar para o qual está nomeada; salvam-no, em particular, algumas cenas como o discurso na Associação de Doentes de Alzheimer e todas aquelas em contracena com Kristen Stewart, que são talvez as mais credíveis.
Ao ver este filme não pude deixar de recordar outro, que vi há cerca de dois anos e que é, esse sim, um verdadeiro "murro no estômago". Ao contrário deste, é um grande filme; e por isso é inesquecível. Falo de Amour e das extraordinárias interpretações de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, que nos mostram de uma maneira verosímil e perturbadora o lado mais desconcertante e desconfortável do que pode ser o fim da vida, quando se perde a autonomia e a dignidade. Por comparação, Alec Baldwin (sempre demasiado perto da mediocridade) na sua negação da realidade fica anos luz de Isabelle Huppert.
Ainda assim, eu diria que vale a pena ir ver a Alice. Julianne Moore merece isso...
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