Lera, já não sabia onde, que a sabedoria suprema está na forma como se vive a vida. Sempre confiara na sua intuição e assumira as suas escolhas, as boas, as más e as que não deixam mossa nem cicatriz; talvez por isso, o número assustadoramente grande dos que via preferir qualquer coisa ao temor de se acharem a sós consigo mesmos continuava a surpreendê-la e a intrigá-la, por mais que tentasse convencer-se que eram infinitas as possibilidades de encontrar o bem-estar e ser feliz.
Sempre gostara de pessoas controversas, enigmáticas, de almas inquietas e corações sobressaltados, e os homens mais misteriosos e complexos haviam-lhe sempre parecido os mais apaixonantes e sedutores. Logo, os amores fáceis e lineares não a atraíam, não a entusiasmavam e não lhe aconteciam nunca. E por muito que em instantes de fragilidade exacerbada lhe apetecesse ter quem tomasse conta de si, sempre prezara a sua liberdade e, com o tempo, aprendera a encontrar o equilíbrio e a serenidade entre a solidão e a companhia, que a fazia deixar-se ir ao sabor de momentos e vontades, sem pressa, sem medo, sem amarras, entregando-se inteira ao que o amor tem de melhor quando ele surge imponente e grandioso, sobrepondo-se a tudo.
Gostava da sábia mistura de paixão e racionalidade, de mãos grandes e braços fortes, ou então nada disso importava; bastava aquele não sei quê que faz de certos momentos uma urgência de prazer e rendição. E eram sempre os olhos que a faziam perder-se, quando no fundo de outros olhos via a magia, a doçura e a ternura que valem a vida toda e que, na maior simplicidade, tornam os dias de estar juntos dias bons.
Sempre gostara de pessoas controversas, enigmáticas, de almas inquietas e corações sobressaltados, e os homens mais misteriosos e complexos haviam-lhe sempre parecido os mais apaixonantes e sedutores. Logo, os amores fáceis e lineares não a atraíam, não a entusiasmavam e não lhe aconteciam nunca. E por muito que em instantes de fragilidade exacerbada lhe apetecesse ter quem tomasse conta de si, sempre prezara a sua liberdade e, com o tempo, aprendera a encontrar o equilíbrio e a serenidade entre a solidão e a companhia, que a fazia deixar-se ir ao sabor de momentos e vontades, sem pressa, sem medo, sem amarras, entregando-se inteira ao que o amor tem de melhor quando ele surge imponente e grandioso, sobrepondo-se a tudo.
Gostava da sábia mistura de paixão e racionalidade, de mãos grandes e braços fortes, ou então nada disso importava; bastava aquele não sei quê que faz de certos momentos uma urgência de prazer e rendição. E eram sempre os olhos que a faziam perder-se, quando no fundo de outros olhos via a magia, a doçura e a ternura que valem a vida toda e que, na maior simplicidade, tornam os dias de estar juntos dias bons.
Num só olhar, a magia, a doçura e a ternura interpõem-se ao fluir do tempo e eternizam esse momento. Como se todo o nosso ser coubesse nesse instante. Muito bonito o seu texto.
ResponderEliminarE são os instantes assim que fazem a vida valer verdadeiramente a pena.Estamos de acordo, pois.
EliminarMuito obrigada. :)
Não me diga que está a referir-se ao ultimo filme de Tim Burton...Amanhã tenho-o agendado, se não houver imprevistos...É daqueles realizadores que não perco!
ResponderEliminarBeijo, Isabel.
Não, não estou. É que nem tudo o que escrevo tem a ver com filmes...
EliminarÉ sobre a vida, mesmo. ;)
Quanto ao filme do Tim Burton tenho alguma curiosidade e é com uma actriz de que gosto muito, Amy Adams. Mas ainda não tenho isso agendado...
Beijinho, Madalena